Em linguística, Morfologia é
o estudo da estrutura, da formação e da classificação das palavras. A
peculiaridade da morfologia é estudar as palavras olhando para elas
isoladamente e não dentro da sua participação na frase ou período. A morfologia
está agrupada em dez classes, denominadas classes de palavras ou classes
gramaticais. São elas: Substantivo, Artigo, Adjetivo, Numeral, Pronome, Verbo,
Advérbio, Preposição, Conjunção e Interjeição.
ESTRUTURA
DAS PALAVRAS
Para estudar
a estrutura das palavras, é preciso estudar os elementos que formam as
palavras, chamados de morfemas.
A palavra é
subdividida em partes menores, chamadas de elementos mórficos.
RADICAL:
O
significado básico da palavra está contido nesse elemento; a ele são
acrescentados outros elementos.
Exemplo:
cantar, correr, partir.
Observação: Para
descobrir o radical de um verbo, retira-se a terminação AR, ER ou IR.
VOGAL
TEMÁTICA
Tem como
função preparar o radical para ser acrescido pelas desinências e também indicar
a conjugação a que o verbo pertence. A vogal temática dos verbos são as letras A,
E e I, presentes à terminação verbal. Elas indicam a que conjugação
o verbo pertence.
Exemplos: Passear
– 1ª conjugação – verbos terminados em AR;
Dever – 2ª
conjugação – verbos terminados em ER;
Pedir – 3ª
conjugação – verbos terminados em IR.
OBSERVAÇÃO: Os verbos
terminados em OR pertencem à 2ª conjugação, pois são provenientes do
antigo verbo poer.
Nos
substantivos e adjetivos, a vogal temática são as vogais A, E, I O e
U, no final das palavras:
Exemplo: casa,
dente, Barueri, ouro, cupuaçu.
Cuidado para
não confundir vogal temática com desinência nominal de gênero feminino ou
masculino:
Exemplo:
garoto/ garota.
TEMA
É o radical
com a presença da vogal temática.
Se não
houver a vogal temática, o tema e o radical serão o mesmo elemento. Em se
tratando de verbo, o tema será sempre a soma do radical com a vogal temática:
compra, come e dorme. Em substantivos e adjetivos, isso nem sempre acontecerá.
(vogal
temática)
Exemplo: s
a p a t o
(radical)
p a s te l
(radical e
tema são mesmo elemento, pois não há vogal temática)
DESINÊNCIA
São
elementos que indicam as flexões que os nomes e os verbos podem apresentar.
São
subdivididas em desinências verbais e desinências nominais.
DESINÊNCIAS
VERBAIS
Modo-temporais
– São quatro e indicam o tempo e o modo:
-va e –ia,
para o Pretérito Imperfeito do Indicativo: cantava, devia, partia.
-ra, para o
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo: cantara, devera, partira.
-ria, para o
Futuro do Pretérito do Indicativo: cantaria, deveria, partiria.
- sse, para o
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: cantasse, devesse, partisse.
Número-pessoais
– Distribuem-se em dois grupos:
As que são
comuns a todos os tempos.
Eu
|
-
|
amava_
|
Tu
|
S
|
amavaS
|
Ele
|
-
|
amava
|
Nós
|
MOS
|
AmávaMOS
|
Vós
|
IS
|
amáveIS
|
Eles
|
M
|
amaM
|
AFIXOS
São
elementos que se juntam aos radicais para formação de novas palavras. Os afixos
podem ser:
Prefixo – quando
colocado antes do radical;
Exemplo: invariável;
anomalia.
Sufixo – quando
colocado depois do radical.
Exemplo:
chuvarada, infelizmente (prefixo + sufixo)
VOGAIS E
CONSOANTES DE LIGAÇÃO
São
elementos que são inseridos entre os morfemas (elementos mórficos), em geral,
por motivos de eufonia, ou seja, para facilitar a pronúncia de certas palavras.
Exemplos:
silvícola, paulada, cafeicultura
FORMAÇÃO DE
PALAVRAS
Derivação:
Por meio do
processo de derivação, palavras primitivas possibilitam a formação de outras
derivadas.
Exemplo:
pedra – pedreiro, apedrejar, pedraria.
flor –
floricultura, florescer, florista.
A derivação
pode ser:
Prefixal – quando se
acrescenta um prefixo à palavra primitiva.
Exemplo:
feliz – infeliz.
Sufixal – quando se
acrescenta um sufixo à palavra primitiva.
Exemplo:
terra – terreno.
Prefixal e
sufixal – acrescentam-se ao radical um prefixo e um sufixo.
Exemplo: infelizmente
Parassintética
– quando se acrescenta, simultaneamente, um prefixo e um sufixo.
Exemplo: desalmado,
empobrecer.
OBS: Não confunda
derivação parassintética com derivação prefixal e sufixal. Para distingui-las,
elimine o prefixo ou o sufixo da palavra e veja se a forma que resta constitui
uma palavra existente na língua portuguesa.
Regressiva –
quando não acrescenta nada à palavra, mas se reduz.
Exemplo:
vender – venda (substantivo)
pescar –
pesca
pincelar –
pincel
Imprópria – quando se
muda a classe gramatical da palavra.
Exemplo: Ele
é um judas. (substantivo – adjetivo)
O saber não
tem limites. (verbo – substantivo)
Composição:
Consiste em
formar palavras a partir da união de dois ou mais radicais.
Exemplo:
beija + flor = beija-flor
Plano + alto
= planalto
A composição
pode ser:
Justaposição
- cada radical conserva a sua integridade.
Exemplo:
segunda-feira, bem-me-quer, passatempo.
Aglutinação
- sofrem a perda de sua integridade silábica.
Exemplo:
aguardente (água + ardente)
boquiaberto
(boca + aberto)
planalto
(plano + alto)
Hibridismo –
inúmeros radicais gregos e latinos também participam da formação
de palavras, como primeiro ou como segundo elemento da composição.
Veja a
composição destas palavras:
bis + avô =
bisavô
(radical
latino)
crono +
metro = cronometro
(radical
grego)
As palavras
formadas por elementos provenientes de línguas diferentes denominam-se hibridismos:
automóvel
(grego + português)
burocracia
(francês + grego)
Onomatopeia
São palavras
criadas com a finalidade de imitar sons e ruídos produzidos por armas de fogo,
sinos, campainhas, veículos, instrumentos musicais, vozes de animais, etc. São
onomatopeias:
fru – fru,
pingue – pongue, zum-zum (substantivos)
ciciar,
tilintar, cacarejar, ronrocar (verbos)
pá! pow!
zás- trás! (interjeições).
Redução
Um dos
processos de formação de palavras consiste em reduzi-las com o objetivo de
economizar tempo e espaço na comunicação falada e escrita. São tipos especiais
de redução:
Siglas: são
empregadas principalmente como redução de nomes de empresas, firmas, organizações
internacionais, partidos políticos, serviços públicos, associações estudantis e
recreativas:
IBOPE
(Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística)
Às vezes, as
siglas provêm de outras línguas:
CD – compact
disc
AIDS –
acquired immunological deficiency syndrome
Abreviações:
consistem na redução de palavras até limites que não comprometam
sua compreensão.
Ex: moto
(motocicleta)
metrô
(metropolitano)
ônibus (auto
– ônibus)
foto
(fotografia)
quilo
(quilograma)
Abreviatura
– consistem na redução principalmente de nomes científicos e
gramaticais, de Estados e territórios, profissões, pronomes de tratamento.
Ex: PB
(Paraíba)
Av.
(avenida)
Empréstimos
e gírias
Empréstimos
– são palavras estrangeiras que entram na língua em consequência de
contatos entre os povos. Alguns desses empréstimos se aportuguesam, como
ocorreu, por exemplo:
iogurte (do
turco yoghurt)
chísbúrguer
(do inglês cheeseburger)
chique (do
francês chic)
Outros
mantêm sua grafia original, com, por exemplo,
apartheid diesel shopping Center outdoor
office boy (do ingles) telex bon vivant
belle époque
(do francês)
Gírias - são palavras
ou expresses de criação popular que nascem em determinados grupos sociais ou
profissionais e que, às vezes, por sua expressividade, acabam se estendendo à
linguagem de todas as camadas sociais. Uma das características dessa variedade
linguística é seu caráter passageiro; algumas não chegam a durar mais do que
alguns meses.
CLASSES DE PALAVRAS
SUBSTANTIVO
Substantivo
é a palavra variável em gênero, número e grau que dá nome aos seres em geral.
São, portanto, substantivos:
a) os nomes de
coisas, pessoas, animais, vegetais, lugares, instituições.
Ex: livro,
cadeira, Lúcia, Humberto, cachorro, Paris, júri, divórcio.
b) os nomes de
ações, noções, estados ou qualidades, tomados como seres:
Ex: trabalho, corrida, justiça, tristeza, beleza.
Classificação Semântica
Do ponto de
vista semântico, isto é, considerando a significação, o substantivo pode ser:
Concreto – designa os
seres que têm, ou acreditamos que tenham, existência própria, independente de
outros seres: Deus, casa, fada, dragão.
Abstrato – Dá nome a
um ser cuja existência depende de outro, como sensações, estados de espírito,
qualidades: beleza, medo, nostalgia, calor.
Comum – Nomeia
seres da mesma espécie: rio, cidade.
Próprio – Denomina
um ser particular da espécie: Tocantins, Florianópolis, Brasil.
Coletivo – é o
substantivo singular que designa vários seres de uma espécie:
Substantivo coletivo
|
Conjunto de:
|
assembleia
|
pessoas reunidas
|
alcateia
|
lobos
|
acervo
|
livros
|
antologia
|
trechos literários
selecionados
|
arquipélago
|
ilhas
|
banda
|
músicos
|
bando
|
desordeiros ou
malfeitores
|
banca
|
examinadores
|
batalhão
|
soldados
|
cardume
|
peixes
|
caravana
|
viajantes peregrinos
|
cacho
|
frutas
|
cáfila
|
camelos
|
cancioneiro
|
canções, poesias
líricas
|
colmeia
|
abelhas
|
chusma
|
gente, pessoas
|
concílio
|
bispos
|
congresso
|
parlamentares,
cientistas.
|
elenco
|
atores de uma
peça ou filme
|
esquadra
|
navios de guerra
|
enxoval
|
roupas
|
falange
|
soldados, anjos
|
fauna
|
animais de uma
região
|
feixe
|
lenha, capim
|
flora
|
vegetais de uma
região
|
Simples – É formado
por um único radical ou uma única palavra: água, pé, couve, sol.
Composto – É formado
por mais de um radical ou mais de uma palavra: água-de-colônia, pé-de-moleque,
aguardente, girassol.
Primitivo – é formado
por um radical que pode dar origem a outros substantivos: pedra, cabeça.
Derivado – É formado com base em outra palavra da língua portuguesa:
apedrejar, cabeçada.
GÊNERO: MASCULINO E FEMININO
Regra geral: Troca-se o o por a, ou acrescenta-se a:
advogado-advogada; juiz – juíza; camponês – camponesa.
Regras especiais:
a) palavras
terminadas em or, coloca-se a, triz, eira: embaixador – embaixadora; ator –
atriz; lavador – lavadeira;
b) palavras
terminadas em ao, coloca-se ã, ao, ona: campeão – campeã; leão – leoa; folião –
foliona;
c) vocábulos
terminados em e coloca-se a: chefe – chefa; mestre – mestra.
d) emprega-se
–esa, -essa ou –isa: barão – baronesa; abade – abadessa; profeta – profetisa.
Algumas
palavras possuem formas especiais: avô, avó; galo, galinha; cão, cadela.
Agora leia:
Ex: Minha
mãe era boa criatura.
Vários
poetas brasileiros atuais são criaturas de Carlos Drummond de Andrade.
A palavra criatura
apresenta um só gênero para designar o masculino e o feminino.
Esse e outros substantivos pedem mais a nossa atenção.
Vejamos alguns casos:
Substantivos biformes – Designam pessoas ou animais e apresentam
duas formas, uma para o masculino, outra para o feminino:
Ex: aluno aluna professor professora homem mulher
menino menina burguês
burguesa
Substantivos
uniformes – São os que apresentam uma única forma, tanto para o masculino
como para o feminino. Subdividem-se em epicenos,
comuns de dois gêneros e sobrecomuns.
Epicenos – Dependem
das palavras macho e fêmea para especificar o sexo. É usado somente para animais.
Ex: a
andorinha macho – a andorinha fêmea
a cobra
macho – a cobra fêmea.
Comum de
dois gêneros – Tem apenas uma forma, distinguindo-se pela palavra que os
acompanha.
Ex: um
colega uma colega
belo jovem
bela jovem a pianista o pianista
Sobrecomuns – Tem um só
gênero para designar o feminino e o masculino.
Ex: a testemunha, a vítima, o cônjuge, a pessoa, a criança.
(IVIN
– 2016) – “A candidata se
dera ao trabalho de examinar tais reuniões para saber sobre o que falavam
diretores e professores”.
Assinale
a alternativa em que a palavra em destaque abaixo é também um substantivo
Biforme:
a)
O estudante está se
preparando há meses para o ENEM.
b)
O artista famoso recebeu
muitos aplausos em meio a vaias.
c)
O cônjuge exigiu ficar com a
casa após a separação.
d)
O tatu macho conseguiu
escapar do caçador.
e)
O padre terminou a missa no
horário de praxe.
Substantivo:
Outras particularidades:
1. alguns
substantivos apresentam oscilação de gênero. Por exemplo:
o
diabete(s), a diabete o intérprete, a intérprete
o
personagem, a personagem, o trama, a trama.
2. Deve-se
observar o gênero correto dos seguintes substantivos;
Masculinos:
o alvará o
saca-rolhas o champanha o eclipse
o milhar o
formicida o sabiá o lança-perfume
o guaraná o
pijama o suéter o dó
Femininos:
a epígrafe a
sentinela a libido a cal
a ordenança
a dinamite a aguardente a elipse
a derme a
ferrugem a faringe a omoplata
3. São
masculinos os substantivos terminados em –ema e –oma:
o edema o
telefonema o hematoma o emblema
4. Há
substantivos que apresentam significações diferentes de acordo com o gênero:
o cabeça
(chefe) a cabeça (parte do corpo)
o caixa
(pessoa) a caixa (objeto)
o cisma
(separação) a cisma (desconfiança)
o grama
(unidade de massa) a grama (relva)
o moral (brio) a moral (ética)
NÚMERO: SINGULAR E PLURAL
1. Regra
geral: Acrescenta-se s: casa- casas
2. Regras
especiais:
a) –r, -z, -n
coloca-se es: lar – lares, juiz – juízes, hífen – hífens.
b)-al, -el,
-ol, -ul coloca-se is: animal - animais, papel – papéis, anzol – anzóis.
c) –il
(paroxítonos) coloca-se eis: fóssil – fósseis.
d) –il
(oxítonos) coloca-se s: barril – barris.
e) –m coloca-se
ns: armazém – armazéns
f) –ão
coloca-se –ões, -ães: balcão – balcões; capitão – capitães.
g) –s (oxítonos) coloca-se –es: burguês – burgueses.
Observações:
1. São
invariáveis pires (os pires), lápis (os lápis), ônibus (os ônibus), e os
substantivos terminados em –x (som de ks), como tórax (os tórax)
2. Alguns
substantivos terminados em –ão apresentam mais de um plural;
aldeão aldeões aldeãos
anão anões anãos
vilão vilães vilões
charlatão charlatões charlatães
Plural dos substantivos compostos
Nos
substantivos compostos que apresentam seus elementos ligados por hífen, podem
variar ambos os elementos, apenas um dos elementos, ou nenhum dos elementos,
conforme as seguintes regras:
a) Nos
compostos formados de palavras repetidas (ou muito semelhantes), só o segundo
elemento varia:
Ex:
teco-teco teco-tecos tico-tico tico-ticos
reco-reco reco-recos pingue-pongue pingue-pongues
b) Nos
compostos cujos elementos venham unidos por preposição, só o primeiro elemento
varia:
Ex:
pão-de-ló pães-de-ló
mula-sem-cabeça
mulas-sem-cabeça
c) Nos
compostos formados de grão, grã e bel seguidos de substantivo, só varia o
segundo elemento:
Ex:
grão-duque grão-duques
grão-mestre
grão-mestres
grã-duquesa
grã-duquesas
bel-prazer
bel-prazeres
d) Nos
compostos formados por dois substantivos, se o segundo elemento limita ou
determina o primeiro, indicando tipo ou finalidade, a variação ocorre somente
no primeiro elemento:
Ex:
banana-maçã bananas-maçã
salário-família salários-família
peixe -
espada peixes-espada
caneta-tinteiro
canetas-tinteiros
e) Nos
compostos formados por duas palavras avariadas (substantivo+adjetivo) ou
(adjetivo+substantivo), todos vão para o plural:
Ex:
couve-flor
couves-flores
amor-perfeito
amores-perfeitos
cara-pálida
caras-pálidas
padre-nosso
padres-nossos
Observação: Ficam no
singular os compostos formados com verbos e palavras invariáveis:
o bota-fora
os bota-fora (verbo+advérbio)
o chove-não-molha os chove-não-molha
GRAU: AUMENTATIVO E DIMINUTIVO
1. Forma
analítica:
casa grande
– casa pequena boca grande – boca
pequena
2. Forma
sintética:
casarão –
casinha bocarra – boquinha
Relativamente aos substantivos de formação sintética, acrescentam-se,
para os aumentativos, os sufixos: –aço (rico/ricaço), -aça;
(bigode/bigodaça;
vidro/vidraça), -ão (casa/casarão;
faca/facalhão; rapaz/rapagão; chapéu/chapelão; porta/portão; sala/salão;
papel/papelão; voz/vozeirão), -ona (pedra/pedrona); alhão (drama/dramalhão);
anha (monte/montanha); -alha(forno/furnalha); -eiro (mexerico/mexeriqueiro); -eira (barulho/barulheira).
Para os diminutivos acrescentam-se os sufixos: –inho (bolo/bolinho; sapato/sapatinho;
café/cafezinho), -inha (faca/faquinha; porta/portinha;
boca/boquinha; casa/casinha; gota/gotinha), -zinho (cão/cãozinho;
chapéu/chapeuzinho;
nariz/narizinho), -zinha (mão/mãozinha, mãe/mãezinha),
a
que correspondem formas em –ito (sapato/sapatito), -ita (casa/casita), -zito (rapaz/rapazito), -zita.(gota/gotazita), -acho (rio/riacho); -eta (mala/maleta), -ete(diabo/diabrete), -ico (baile/bailarico), -ilho(pecado/pecadilho), -ilha (anel/anilha), -elho (garoto/garotelho), -im (varanda/varandim), -ola(criança/criançola); -ulo (monte/montículo).
No
|
PALAVRAS
|
DIMINUTIVOS
|
AUMENTATIVOS
|
1
|
faca
|
faquinha
|
facão ou facalhão
|
2
|
rapaz
|
rapazinho ou rapazote
|
rapagão
|
3
|
bigode
|
bigodinho ou bigodito
|
bigodão ou bigodaça
|
4
|
chapéu
|
chapelinho, chapeuzinho
|
chapelão
|
5
|
porta
|
portinha
|
portão
|
6
|
sala
|
salinha, salita, saleta
|
salão
|
7
|
gato
|
gatinho
|
gatão ou gatarrão
|
8
|
bala
|
balinha
|
balázio
|
9
|
papel
|
papelinho
|
papelão
|
10
|
cão
|
cãozinho ou canito
|
canzarrão
|
11
|
barulho
|
barulhito
|
barulheira
|
ADJETIVO
Adjetivo é a palavra
variável em gênero, número e grau que caracteriza o substantivo ou qualquer
palavra com valor de substantivo, indicando-lhe atributo, estado, modo de ser
ou aspecto.
Ex:
Tratava-se de um homem incompetente.
Encontrei
uma pessoa ética.
Ela é uma
mulher honesta.
Classificação
dos adjetivos:
Os adjetivos
são classificados em:
a) simples – apresentam
um único radical:
Ex: momento
inesquecível, alimento dietético.
b) composto – apresentam
mais de um radical:
Ex: acordo
luso-brasileiro, causas político-econômicas.
c)
primitivos – não provêm de outra palavra da língua portuguesa:
Ex: camisa
verde, homem leal.
d) derivados – provêm de outra palavra da língua portuguesa:
Ex: camisa
esverdeada, homem desleal, planície amazônica.
Adjetivos
pátrios – são os adjetivos que se referem a países, continentes, cidades,
regiões, etc., exprimindo a nacionalidade ou a origem do ser.
Localidade,
Adjetivo pátrio correspondente, País, Estado, cidade ou região
Acre acreano
Afeganistão
afegane, afegão
Amapá
amapaense
Angola
angolano
Aracaju
aracajuense, aracajuano
Atenas
ateniense
Belém (Pará) belenense
LOCUÇÃO ADJETIVA
Locução = reunião de
palavras. Sempre que são necessárias duas ou mais palavras para contar a mesma
coisa, tem-se locução. Às vezes, uma preposição + substantivo tem o mesmo valor
de um adjetivo: é a Locução Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo.)
Por exemplo:
aves da noite (aves noturnas),
paixão sem freio (paixão desenfreada).
Observe outros exemplos:
Observe outros exemplos:
de águia
|
aquilino
|
de aluno
|
discente
|
de anjo
|
angelical
|
de ano
|
anual
|
de aranha
|
aracnídeo
|
de asno
|
asinino
|
de baço
|
esplênico
|
de bispo
|
episcopal
|
de bode
|
hircino
|
de boi
|
bovino
|
de bronze
|
brônzeo ou êneo
|
de cabelo
|
capilar
|
de cabra
|
caprino
|
FLEXÃO DE
GÊNERO:
Como os substantivos, os adjetivos podem ser do gênero masculino
ou feminino
Dependendo
da forma que assumem, os adjetivos se classificam em uniformes e biformes:
a) uniformes
– apresentam uma única forma para os dois gêneros:
homem
inteligente mulher inteligente
homem
simples mulher simples
b) biformes – possuem
uma forma para o masculino, outra para o feminino:
homem magro
mulher magra
homem obeso mulher obesa
FLEXÃO DE
NÚMERO:
a) adjetivo
simples: Concordam com o substantivo a que se referem:
sapato macio
– sapatos macios
comida
salgada – comidas salgadas
b) adjetivo composto: apenas o
último elemento varia:
histórico-
geográfico histórico-geográficos
latino-americano
latino-americanos
Observações:
1) Os adjetivos
compostos referentes a cores são invariáveis quando o segundo elemento é um
substantivo:
lente verde-garrafa
lentes verde-garrafa
papel azul-piscina papéis azul-piscina
2) O plural de
surdo-mudo é surdos-mudos, assim como surdas-mudas, embora não devamos usar
essas expressões, as quais devem ser substituídas por deficiente auditivo,
deficiente oral.
3) Os adjetivos
compostos azul-marinho e azul-celeste são invariáveis:
blusa
azul-marinho blusas azul-marinho
camisa
azul-celeste camisas azul-celeste
FLEXÃO DE
GRAU
Grau
comparativo: Pode ser de igualdade, superioridade ou de inferioridade.
Comparativo de
igualdade – a qualidade expressa pelo adjetivo aparece com a mesma
intensidade nos elementos que se comparam.
Ex: Esta casa é tão arejada quanto (como) aquela.
Comparativo
de superioridade – a qualidade expressa pelo adjetivo aparece mais intensificada no
primeiro elemento da relação de comparação.
Ex: Este
alimento é mais saudável (do) que aquele.
Comparativo
de inferioridade – a qualidade expressa pelo adjetivo aparece menos intensificada
no primeiro elemento da relação de comparação.
Ex: Esta casa é menos arejada (do) que aquela.
Grau
superlativo: Pode ser absoluto ou relativo:
Superlativo
absoluto – a qualidade expressa pelo adjetivo não é posta em relação a
outros elementos. Subdivide-se em absoluto analítico e absoluto sintético:
Ex: Este
exercício é muito fácil. (superlativo absoluto analítico)
Este
exercício é facílimo. (superlativo absoluto sintético)
Superlativo
relativo – a qualidade expressa pelo adjetivo é posta em relação a outros
elementos. Subdivide-se em relativo de superioridade e relativo de
inferioridade:
Ex: Você era
a mais bonita das cabrochas dessa ala. (superlativo relativo de superioridade)
Este exercício é o menos fácil da lição. (superlativo relativo de
inferioridade)
ARTIGO
Artigo é a
palavra variável em gênero e número que precede o substantivo, determinando-o
de modo preciso ou vago, indicando-lhe o gênero e o número.
Classificação
dos artigos:
Os artigos
são classificados em:
a) artigo
definido – determina o substantivo de modo preciso. Pode ser singular (o,
a) ou plural (os, as).
Ex: O menino
resolveu a questão.
Os meninos
resolveram as questões.
b) artigo
indefinido – determina os substantivos de modo vago, impreciso. Pode ser
singular (um, uma) ou plural (uns, umas).
Ex: Um
menino resolveu uma questão.
Uns meninos
resolveram umas questões.
NUMERAL
Numeral é a
palavra que indica a quantidade exata de seres, ou a posição que um ser ocupa
numa determinada série.
Classificação
dos numerais:
a) cardinais
– indicam quantidade determinada:
Ex: zero,
um, dois, três, quatro, cinco.
b) ordinais – indicam
ordem de sucessão:
Ex:
primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto.
c)
multiplicativos – indicam multiplicação:
Ex: dobro
triplo, quádruplo, quíntuplo.
d) fracionários – indicam divisão, fração:
Ex: meio,
metade, terço, quarto.
PRONOME
Pronome é a palavra
variável em gênero, número e pessoa que representa ou acompanha o substantivo,
indicando-o como pessoa do discurso ou situando-o no espaço e no tempo.
Quando o
pronome representa o substantivo, dizemos tratar-se de pronome
substantivo:
Ex: Ele
chegou.
Convidei-o.
Quando o
pronome determina o substantivo, restringindo a extensão de seu
significado, dizemos tratar-se de pronome adjetivo:
Ex: Esta
casa é antiga.
Meu livro é
antigo.
Há em
português seis espécies de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos,
relativos, indefinidos, interrogativos.
As pessoas
do discurso:
São três as
pessoas do discurso
a) 1ª pessoa
– aquela que fala;
b) 2ª pessoa
– aquela com quem se fala;
c) 3ª pessoa
– aquela de quem se fala (ou de que) se fala.
1. Pronomes
Pessoais:
Designam as
pessoas do discurso: a 1ª (eu, nós); a 2ª (tu, vós); a 3ª (ele, ela, eles, elas).
Os
pronomes pessoais podem ser retos, oblíquos ou de tratamento.
Retos
|
Oblíquo
|
||
Eu
|
me, mim, comigo
|
||
Singular
|
Tu
|
te, ti, contigo
|
|
Ele, Ela
|
o, a se, lhe, si, consigo
|
||
Nós
|
nos, conosco
|
||
Plural
|
Vós
|
vos, convosco
|
|
Eles, Elas
|
Os, as, se, lhe, si, consigo
|
||
Observações:
a) Os pronomes
eu e tu não devem vir regidos de preposição.
Ex: Não há
desavenças entre mim e ti. (e não entre eu e tu)
b) O pronome
poderá vir precedido de preposição quando vier seguido de verbo no infinitivo,
do qual é sujeito:
Ex: Ela
trouxe frutas para eu comer
Ele deu
ordens para tu ires depressa.
c) Não se deve
combinar o pronome ele (ela, eles, elas) com a preposição de, quando esta
preposição reger o verbo.
Ex: Era hora
de eles decidirem. (e não deles decidirem)
d) Pronomes de
tratamento – Referem-se à pessoa a quem se fala (portanto segunda pessoa), mas
a concordância gramatical deve ser feita com a terceira pessoa.
Veja alguns
desses pronomes:
Pronome
|
Abreviatura
|
Emprego
|
Vossa Alteza
|
V. A.
|
príncipes, duques
|
Vossa Eminência
|
V. Emª
|
cardeais
|
Vossa Excelência
|
V. Exª
|
altas autoridades em geral
|
Vossa Magnificência
|
V. Magª
|
reitores de universidades
|
Vossa Reverendíssima
|
V. Revª
|
sacerdotes em geral
|
Vossa Santidade
|
V. S.
|
papas
|
Vossa Senhoria
|
V. Sª
|
funcionários graduados
|
Vossa Majestade
|
V. M.
|
reis, imperadores
|
2. Pronomes
Possessivos
Os pronomes
possessivos referem-se às pessoas do discurso, indicando ideia de posse:
Ex: Eu
emprestei meus livros e minhas fitas.
Eu não sou
da sua rua.
Pessoa
|
Singular
|
Plural
|
1ª
|
Meu, minha, meus, minhas
|
Nosso, nossa, nossos, nossas
|
2ª
|
Teu, tua, teus, tuas
|
Vosso, vossa, vossos, vossas
|
3ª
|
Seu, sua, seus, suas
|
seu,sua, seus, suas
|
3.
Demonstrativos:
São aqueles
que indicam a posição do ser no tempo e no espaço, tomando-o em relação às
pessoas do discurso.
Os pronomes
demonstrativos são os seguintes:
Pessoa
|
Variáveis
|
Invariáveis
|
1ª
|
Este, esta, estes, estas
|
isto
|
2ª
|
Esse, essa, esses, essas
|
isso
|
3ª
|
Aquele, aquela, aqueles, aquelas
|
aquilo
|
Observações:
a) Este (e
flexões) marca um tempo contemporâneo (ou imediato) ao ato da fala:
Ex: Neste
momento, ele está descendo as escadas.
b) Esse (e
flexões) marca um tempo proximamente anterior ao ato da fala:
Ex: Nesse
dia estivemos com ela.
c) Aquele (e
flexões) marca um tempo remotamente anterior ao ato da fala:
Ex: Muitos
poetas românticos escreveram sobre a valsa, pois naquela época a valsa dominava
os salões.
d) Quando estão
no lugar de isso, isto ou aquilo (e flexões), os pronomes o, a, os, as são
demonstrativos:
Ex: Meu
livro é o que está sobre a mesa.
Não tenho o
que queres.
e) No interior
do discurso, este (e flexões) faz referência àquilo que vai ser dito
posteriormente. Esse (e flexões) faz referência àquilo que já foi dito:
Ex: Os
simbolistas seguiam este preceito:
“A música
antes de qualquer coisa”. Essas palavras são de um poema de Verlaine.
4. Indefinidos:
Referem-se
à 3ª pessoa, de modo vago ou indeterminado:
Variáveis
|
Invariáveis
|
alguém, ninguém, tudo, outrem, nada, cada, algo.
|
algum, nenhum, todo, muito, pouco, certo, vário, tanto, quanto,
qualquer (e variações)
|
5.
Relativos: Referem-se a um nome antecedente:
Ex: Recebeu
os livros que esperava.
Visitaremos
a cidade onde ele mora.
Estudamos
tudo quanto nosso escasso tempo nos permitiu.
Este é o
autor cujas obras serão publicadas
Invariáveis
|
Variáveis
|
que, quem, onde
|
o qual, cujo, quanto
|
6.
Interrogativos: São os pronomes indefinidos que, quem e quanto, empregados em
interrogações diretas ou indiretas:
Ex: Quantos
foram premiados?
Quero saber
quantos foram premiados.
VERBO
Verbo é a
palavra que, numa perspectiva de tempo, exprime ação, estado ou fenômeno,
indicando também o modo, o número, a pessoa e a voz:
Ex:
Plantamos uma árvore no jardim. (ação)
Os copos
estão vazios. (estado)
Relampejou durante a noite. (fenômeno).
Flexão (número e pessoa) Pessoa
|
Número
|
||
Singular
|
Plural
|
||
1ª Pessoa
|
Eu passeio
|
Nós passeamos
|
|
2ª Pessoa
|
Tu passeias
|
Vós passeais
|
|
3ª Pessoa
|
Ele passeia
|
Eles passeiam
|
|
Modo
Indicativo – Indica um
fato real, certo:
Ex: Ele
viajou hoje.
Subjuntivo - Indica um
fato provável, duvidoso, hipotético:
Ex: Talvez
ele viaje ainda hoje.
Imperativo – Exprime
ordem, pedido, convite, súplica:
Ex: viaje hoje à noite.
Tempo
Presente – Fato que
ocorre no momento ou época em que falamos:
Ex: Eu estudo.
Tu
trabalhas.
Pretérito – Fato que o
correu num momento ou época anterior ao momento em que falamos:
Perfeito – Ação
iniciada e terminada no passado:
Ex: O rapaz
estudou muito para o vestibular.
Imperfeito – ação
iniciada, mas não concluída:
Ex: Ele
estudava quando o telefone tocou.
Mais-que-perfeito
– Anterior a outra ação também no passado:
Ex: Nem bem
terminara, deram-lhe outra tarefa.
Futuro – Fato que poderá ocorrer em um momento ou
época vindoura:
Futuro do
presente – Indica um fato real.
Ex: Todos
receberão os livros.
Futuro do
pretérito – Indica um fato possível, situado no futuro, mas vinculado a um
momento passado:
Ex: Eu estudaria com ele.
Vozes do verbo (MÉDIO E SUPERIOR)
Ativa – O sujeito
pratica a ação:
Ex: O rapaz
abriu o envelope.
Passiva – O sujeito
recebe a ação:
Ex: O
envelope foi aberto pelo rapaz.
Observação:
- A voz
passiva pode ser analítica, quando é constituída por dois verbos, sendo um
auxiliar e o outro principal:
Ex: O
envelope foi aberto.
-A voz
passiva pode ser sintética, quando é constituída por um pronome apassivador
(se):
Ex: Abriu-se
o envelope.
Reflexiva – O sujeito
pratica a ação, a qual recai sobre ele próprio:
Ex: O rapaz machucou-se.
Formas
nominais do verbo
Particípio – Indica uma
ação já acabada, desempenhando função semelhante à dos adjetivos. O particípio
admite flexão de gênero e número:
Ex: Revelado
o motivo, puderam sair.
Reveladas as
razões, puderam sair.
Gerúndio – Indica uma
ação em curso, desempenhando função semelhante à dos adjetivos e advérbios. O
gerúndio não apresenta flexão:
Ex:
Conhecendo o caminho, chegarás a tempo.
Os meninos,
brincando na grama, pareciam tranquilos.
Observação: O uso do
gerúndio não é sempre condenável, mas, em muitas situações, tornou-se um vício
ocasionado por traduções malfeitas do inglês.
Ex: “Amanhã vou estar
enviando para o senhor a proposta de adesão, que vai estar chegando em dez
dias. Agradeceria se o senhor estivesse me dando retorno assim que estiver
recebendo a proposta.”
É muito mais
simples e mais correto expressar-se assim:
“Amanhã
enviarei para o senhor a proposta de adesão, que chegará em dez dias.
Agradeceria se o senhor me der retorno assim que receber a proposta. “
Infinitivo – Indica a
ação propriamente dita, sem situá-la no tempo, desempenhando função semelhante
à do substantivo. O infinitivo é a única forma nominal que admite flexão de
pessoa.
Ex: Convém apresentar as soluções.
Locução
Verbal
Damos o nome
de locução verbal ao conjunto formado por um verbo auxiliar seguido de
uma forma nominal (gerúndio, particípio, infinitivo).
Ex: Amanhã
poderá chover.
O candidato
deverá trazer os documentos solicitados.
É importante notar que, nas locuções verbais, o verbo auxiliar
amplia a significação do verbo principal.
ADVÉRBIO
Advérbio é
uma palavra invariável que se junta a um verbo, a um adjetivo, a outro advérbio
ou a uma frase inteira para modificar-lhe o sentido.
Quando
modifica o sentido de um verbo, o advérbio exprime a circunstância de um fato:
Ex: O menino
saiu apressadamente.
Quando
modifica o sentido de um adjetivo, intensifica-o:
Ex: Suas
palavras foram muito claras.
Ao modificar
o próprio advérbio, reforça seu sentido:
Ex: Ele foi
andando bem devagar.
Advérbio
modificando oração inteira:
Ex: Felizmente, o jantar foi servido ainda quente.
Locução
adverbial:
É o grupo de
palavras que desempenha a função de advérbio:
Ex: À noite,
preferia uma refeição leve.
Nos campos
floridos, vicejam os girassóis.
Classificação
dos advérbios:
Segundo a
circunstância que expressam, os advérbios podem ser, entre outros:
a) de
afirmação – sim, certamente, efetivamente, etc.
b) de dúvida
– acaso, porventura, possivelmente, etc.
c) de
intensidade – assaz, bastante, muito, pouco, etc.
d) de lugar – abaixo, adiante, além, junto, onde, etc
e) de modo – assim,
depressa, devagar, melhor, claramente, etc
f) de
negação – não, tampouco.
g) de tempo – agora, hoje, breve, cedo, depois nunca.
Advérbios
interrogativos:
As palavras onde,
como, quanto e quando usadas em frases interrogativas
(diretas ou indiretas) são chamadas de advérbios interrogativos:
Ex: Onde
você mora?
Perguntei
como ele fez isso.
Quando você
volta?
Quanto custa
a mercadoria?
Graus do
advérbio:
de
igualdade: Acordou tão cedo quanto eu.
de
superioridade: Acordou mais cedo do que eu.
de
inferioridade: Acordou menos cedo do que eu.
sintético: Acordei
cedíssimo.
analítico: Acordei muito cedo.
Palavras
denotativas:
Certas
palavras ou locuções, que não se enquadram em nenhuma das classes de palavras,
recebem o nome de palavras ou locuções denotativas. Para reconhecê-las, é
preciso observar o sentido da oração. As principais são:
a) de
exclusão – só, somente, apenas, unicamente, sequer, exclusivamente, salvo,
senão, etc.
Ex: Correu
apenas para chegar cedo.
b) de
inclusão – inclusive, também, até, mesmo, etc.
Ex: Até
Pedro foi contra a medida.
c) de
designação – eis.
Ex: Eis o
nosso mestre!
d) de realce
– cá, só, é que, mas, não, etc.
Ex: Eu é que
sei como é trabalhoso.
e) de
retificação – aliás, digo, isto é, perdão, antes, não, etc.
Ex: Aliás,
eu nunca disse isso.
f) de
situação – mas, afinal, agora, então, etc.
Ex: Afinal, quem é ele?
PREPOSIÇÃO
Preposição é
a palavra invariável que introduz uma palavra ou grupos de palavras que têm a
função de completar ou explicar o sentido de outra, indicando uma relação entre
elas.
A preposição
pode introduzir:
Um nome: Viajante
sem bagagem
Um pronome: Eu creio
em ti.
Um verbo no
infinitivo: Eles não param de correr.
Um grupo
nominal: Casa d + o Alexandre.
A preposição
pode ser:
a) essencial
– quando se trata de palavras que funciona sempre como preposição:
Ex: a, ante,
após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob,
sobre, trás.
b) acidental
– quando se trata de palavra que pertencendo normalmente a outra
classe, funciona às vezes como preposição.
Ex: afora, conforme, consoante, durante, mediante, não obstante,
senão, etc.
Locução
Prepositiva:
Ocorre
quando duas ou mais palavras funcionam como preposição:
Ex: ao
lado de, antes de, depois de, além de, em vez de,
à custa de, através de, rente a, de acordo com, junto
de, etc.
Observe que
a última palavra de uma locução prepositiva é sempre uma preposição simples.
Combinação
ou contração:
Pode ocorrer
ainda a combinação ou contração da preposição com outras palavras:
Ex: donde
(de + onde), do (de + o), no (em + o), pela (per + a),
deste (de + este), daquele (de + aquele), àquele (a +
aquele), à (a + a), aos (a + os).
Preposição
mais preposição:
Uma
preposição ou locução prepositiva pode vir regida de outra preposição:
Ex: Passou
por sobre o telhado.
Foi por
entre as pernas do goleiro.
Entretanto é
errado dizer:
Proibido para menores de até 18 anos.
Financiamento
em até 24 meses.
Tempo: Estudaremos durante as férias.
Nasci em 1958.
Finalidade: Toda
criança é pura demais para sofrer.
Posse: Este é o caderno de Mariana.
Causa: Morreu de fome.
Correu por medo.
Matéria: Vimos casas de pedra antigas.
Origem: Regressou cansado da festa.
Oposição: Todos os alunos estão contra você.
Direção: Cientistas vão fazer
uma expedição para a Antártica.
Ausência: Casou sem amor.
Modo: Vivia com tranquilidade em uma pequena
cidade.
Estado: A escola está em reforma.
Meio: Vitor adora andar a cavalo.
Lugar: Estamos em casa desde ontem.
Companhia: Sairei com meu irmão amanhã depois do almoço.
CONJUNÇÃO
“Não se diga
que os parnasianos se mostram inalteravelmente satisfeitos de sua arte e nunca
lhe sentiram nenhuma insuficiência ou estreiteza”. (João
Pacheco)
No texto
acima destacamos palavras que ligam orações e termos de orações. A essas
palavras dá-se o nome de conjunções.
Conjunção é a palavra
que serve para unir duas orações ou dois elementos que exercem a mesma função
sintática.
Ele só quer
sombra e água fresca.
Esperei-o
até tarde, mas ele não veio.
Todos sabiam
que ele viria.
No primeiro exemplo, a conjunção e relaciona duas palavras com
mesmo valor gramatical. No segundo, a conjunção coordenativa mas liga
orações de sentido completo. No terceiro, a conjunção que liga duas orações, a
segunda dependente da primeira, pois tem sentido completo. Neste último
exemplo, temos uma conjunção subordinativa.
Locução
conjuntiva:
Quando duas
ou mais palavras apresentam valor de uma conjunção, temos uma locução
conjuntiva: antes que, contanto que, desde que, de modo que, à medida que
etc.
CONJUNÇÕES
COORDENATIVAS
As conjunções
coordenativas ligam orações que têm sentido por si mesmas, sem dependência
sintática uma da outra, estabelecendo entre elas apenas uma sucessão de ideias.
Ligam também palavras de idêntica função gramatical.
As
conjunções coordenativas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas,
conclusivas e explicativas e são classificadas de acordo com o sentido que
possuem no contexto.
ADITIVAS: Ligam
palavras ou orações, dando-lhes ideia de soma ou adição: e, nem (= e não), mas
também:
Ex: Ele
falava e eu ficava ouvindo.
Pedro e Antônio foram assistir ao jogo.
ADVERSATIVAS: Ligam dois
termos ou duas orações, dando-lhes uma ideia de compensação ou de contraste:
mas, porém, contudo, todavia, senão, entretanto, no entanto etc:
Ex: Pedro é
distraído, mas competente.
Apressou-se, contudo não chegou a tempo.
ALTERNATIVAS: Ligam dois
termos ou orações de sentido separado, dando ideia de exclusão ou alternância:
ou, ou..., já... já, ora... ora, quer... quer etc.
Ex: Compre
um jipe ou um caminhão.
Ora
respondia, ora ficava mudo.
CONCLUSIVAS:
Ligam à oração anterior outra que exprime conclusão: logo, pois,
portanto, por conseguinte, por isso, assim, de modo que etc:
Ex: O céu
está estrelado, logo não choverá.
Respondi com
segurança a todas as questões, portanto devo tirar boa nota.
EXPLICATIVAS:
Ligam a uma oração outra que a explica, dando um motivo: pois,
porque, porquanto, que (= porque) etc
Ex:
Alegra-te, que estou aqui.
Não me aguardem, porque não poderei chegar a tempo.
CONJUNÇÕES
SUBORDINATIVAS:
As
conjunções subordinativas ligam orações sintaticamente dependentes,
estabelecendo uma relação de subordinação. Podem ser integrantes, causais,
comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, finais,
proporcionais ou temporais.
INTEGRANTES: Introduzem
orações subordinadas substantivas subjetivas, objetivas diretas, objetivas
indiretas, completivas nominais, predicativas e apositivas: que, se.
Ex: É
indispensável que conquistemos o mundo.
Não sei se
ele viajará amanhã.
CAUSAIS: Iniciam
orações subordinadas denotadoras de causa: porque, pois, como (=porque),
porquanto, visto que, uma vez que, que etc
Ex: Ele
pegou a doença porque andava descalço.
COMPARATIVAS: Iniciam uma oração subordinada que encerra o
segundo elemento de uma comparação: que, do que (depois de mais, menos, melhor,
pior), qual (depois de tal), quanto (depois de tanto), como, assim como, bem
como etc:
Ex: O
espetáculo não foi como se esperava.
CONCESSIVAS: Introduzem
orações subordinadas nas quais dá-se a entender que se admite ou se concede um
fato contrário à declaração contida na oração principal: ainda que, apesar de
que, embora, mesmo que, posto que, por mais que, se bem que, por pouco que, nem
que etc.
Ex: Defendeu o amigo embora discordasse das suas ideias.
CONDICIONAIS: Iniciam
uma oração subordinada em que se estabelece uma hipótese ou condição: se, caso,
sem que (= se não), contanto que, desde que, a menos que, a não ser que, que
etc.
Ex: Se não
reduzirmos a inflação, teremos o caos econômico.
CONFORMATIVAS: Iniciam
uma oração subordinada que exprime conformidade com o que se declara na oração
anterior: conforme, como (= conforme), segundo, consoante etc.
Ex: Tudo foi
feito conforme combinamos.
CONSECUTIVAS: Iniciam
uma oração subordinada na qual se expressa a consequência do que foi declarado
na oração principal: que, (combinada com uma destas palavras: tal, tanto, tão
ou tamanho, presentes na oração anterior.
Ex: Ele
falava tanto que lhe cassaram a palavra.
FINAIS: Iniciam
uma oração subordinada que indica a finalidade do que está expresso na oração
principal: para que, a fim de que, que (= para que) etc:
Ex: Ele trabalhou muito para que o irmão pudesse estudar.
PROPORCIONAIS: Iniciam
uma oração subordinada em que se menciona o fato realizado ou para realizar-se
proporcionalmente ao que está expresso na oração principal: à medida que, à
proporção que, ao passo que, quanto mais... mais, quanto menos... menos etc:
Ex: À medida
que iam chegando, ocupavam as poltronas.
TEMPORAIS: Iniciam
uma oração subordinada com ideia de tempo: quando, enquanto, antes que, depois
que, desde que, logo que, assim que, até que, que (= desde que), apenas, mal,
sempre que, tanto que etc
Ex: Todos já estavam a postos quando ele chegou.
INTERJEIÇÃO:
Palavra ou expressão que exprime reação emotiva.
Comumente, as interjeições expressam
sentido de:
Advertência: Cuidado!, Devagar!,
Calma!, Sentido!, Atenção!, Olha!, Alerta!
Afugentamento: Fora!, Passa!, Rua!,
Xô!
Alegria ou Satisfação: Oh!, Ah!,Eh!, Oba!,
Viva!
Alívio: Arre!, Uf!, Ufa! Ah!
Animação ou Estímulo: Vamos!, Força!,
Coragem!, Eia!, Ânimo!, Adiante!, Firme!, Toca!
Aplauso ou Aprovação: Bravo!, Bis!,
Apoiado!, Viva!, Boa!
Concordância: Claro!, Sim!, Pois
não!, Tá!, Hã-hã!
Repulsa ou Desaprovação: Credo!, Irra!, Ih!,
Livra!, Safa!, Fora!, Abaixo!, Francamente!, Xi!, Chega!, Basta!, Ora!
Desejo ou Intenção: Oh!, Pudera!,
Tomara!, Oxalá!
Desculpa: Perdão!
Dor ou Tristeza: Ai!, Ui!, Ai de mim!,
Que pena!, Ah!, Oh!, Eh!
Dúvida ou Incredulidade: Qual!, Qual o
quê!, Hum!, Epa!, Ora!
Espanto ou Admiração: Oh!, Ah!, Uai!,
Puxa!, Céus!, Quê!, Caramba!, Opa!, Virgem!, Vixe!, Nossa!, Hem?!, Hein?,
Cruz!, Putz!
Impaciência ou Contrariedade: Hum!, Hem!, Irra!,
Raios!, Diabo!, Puxa!, Pô!, Ora!
Pedido de Auxílio: Socorro!, Aqui!,
Piedade!
Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!, Viva!,
Adeus!, Olá!, Alô!, Ei!, Tchau!, Ô, Ó, Psiu!, Socorro!, Valha-me, Deus!
Silêncio: Psiu!, Bico!,
Silêncio!
Terror ou Medo: Credo!, Cruzes!, Uh!,
Ui!, Oh!
QUESTÕES
DE CONCURSOS
01 - No trecho “ Eu conheço um atalho
para casa da vovó” o termo grifado é classificado como:
a) Adjetivo.
b) Pronome.
c) Artigo.
d) Nenhuma das alternativas.
02- Assinale
a alternativa CORRETA referente ao modo verbal.
I) Eu gosto
de cookies.
II) Espero
que você esteja bem.
III) Não
fale agora!
a) I- modo
subjuntivo, II-indicativo e III-modo imperativo.
b) I- modo
indicativo, II-modo subjuntivo e III-modo imperativo.
c) I- modo
imperativo, II-modo subjuntivo e III-modo indicativo.
d) Nenhuma das alternativas.
03- Assinale a alternativa em que um adjetivo exerce a função de
substantivo na frase.
a) O forte
perdeu a luta.
b) Eu estou
forte, por isso vamos vencer a luta.
c) o cara
forte morreu solitário.
d) Nenhuma das alternativas.
04 - O
conectivo que melhor explicitaria a relação sintático-semântica entre as
orações do período “Não chegou a ser dolorido, tenho só 39 anos” (l. 4)
seria
(A) porque.
(B) todavia.
(C) embora.
(D) portanto.
05 - Assinale a alternativa que
apresenta SOMENTE substantivos presentes no texto.
a) capitão, casa, porta.
b) abro, cozinheira, prazenteira.
c) inteligente, céu, vivo.
d) fecho, quartel, capitão.
06- Os verbos “sou”, “abro” e “fecho”,
presentes no texto, estão conjugados no tempo:
a) futuro.
b) passado.
c) gerúndio.
d) presente.
07- Ainda a respeito dos mesmos verbos
“sou”, “abro” e “fecho”, presentes no texto, é correto afirmar que eles estão
conjugados de acordo com a pessoa “eu”. Portanto, estão na:
a) primeira pessoa do plural.
b) terceira pessoa do singular.
c) terceira pessoa do plural.
d) primeira pessoa do singular.
08 - Palavras que estão flexionadas no
mesmo gênero que os termos “morta” e “viva”.
a) austero, político, mandante.
b) bela, simpática, iluminada.
c) redonda, oval, cansado.
d) sábia, curiosa, conservador.
09 - Ao realizar a passagem do singular para o
plural da frase “Eu sou muito inteligente!” temos, de acordo com a norma
padrão:
a) A gente é muito inteligentes!
b) Nós somos muito inteligente!
c) A gente somos muito inteligentes!
d) Nós somos muito inteligentes!
10 – Observe a passagem
abaixo, destacada do texto.
“Trazendo esta história
para a nossa realidade percebo que muitas vezes deixamos de ver as pessoas
como seres humanos e as tratamos como números. Isso quando não as
percebemos como alguém que nos atrapalha e nos tira o lugar nosso por direito
na fila, no trânsito, no transporte
público
etc.”
Sobre as três
ocorrências de “as”, em destaque no trecho, analise as afirmativas e assinale a
correta.
(A) São, todas elas,
artigos definidos, femininos, plurais.
(B) As duas primeiras
são artigos; a última, porém, é um pronome reto.
(C) A primeira é um
artigo definido; a segunda e a terceira, porém, são exemplos de pronomes
oblíquos, que se
referem
a “pessoas”.
(D) As três ocorrências
têm classificações morfológicas diferentes, que são, respectivamente: pronome,
artigo e preposição.
(E) A primeira
ocorrência é um exemplo de artigo
indefinido,
que especifica o substantivo “pessoas”; a
segunda
é um pronome relativo, que retoma “pessoas”;
a
terceira é uma preposição acidental.
11 - Em “desde que os carros vêm com circuitos eletrônicos, o famoso “até
o último parafuso” perdeu vigência.” (2º§), a expressão destacada cumpre papel
coesivo e introduz um valor semântico de:
a) causa.
b) condição.
c) consequência.
d) tempo.
e)
concessão.
12 - Qual frase apresenta uma interjeição?
a)Ai! ai!
Ai! Machuquei o meu dedão!
b) Que horas
são?
c) Dirija-se
ao balcão ao lado.
d) Nenhuma das alternativas.
13 - Em qual frase há um numeral
ordinal?
a) Lucas
comprou um apartamento no oitavo andar do empreendimento.
b) Ontem tomei meio litro de suco de laranja.
c) O
ganhador levou o quíntuplo do valor da aposta feita.
d) Nenhuma das alternativas.
(IVIN
– MÃE DO RIO) – Na passagem “Fulano roubou pão na casa de João...”, a preposição foi utilizada para indicar o
sentido entre os termos de:
a)
finalidade.
b)
conformidade.
c)
causa.
d)
posse.
e)
origem.
(IDEM)
– No trecho “Seria divertido
saber quantas vezes quase esbarrei no meu marido antes de conhecê-lo.” O tempo
verbal da forma em destaque é:
a)
Pretérito imperfeito.
b)
Pretérito mais-que-perfeito.
c)
Futuro do pretérito.
d)
Presente.
e)
Futuro do presente.
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