quinta-feira, 24 de junho de 2021

Reportagem

 GÊNERO TEXTUAL REPORTAGEM

Olá, eu sou o professor Alessandro. Na aula de hoje vamos abordar o assunto reportagem.

Reportagem é um gênero textual. Ou seja, é um texto encontrado no cotidiano em que é possível identificar em sua estrutura sequências descritivas, narrativas, dissertativas, argumentativas, dialogais e também injuntivas. Não quer dizer que toda reportagem vai apresentar todos os tipos textuais. Além disso, numa reportagem, é possível aparecer outros gêneros também, tais como entrevistas, depoimentos, mapas, gráficos entre outros.

Diferente da notícia, cuja intenção é a de apenas informar, na reportagem o intuito é o de elucidar o fato, ou seja, é detalhar o acontecimento que se tornou o tema da reportagem. Ela ultrapassa a notícia porque não se limita a relatar um fato novo; ela o detalha, interpreta, questiona causas e efeitos e mostra seu impacto. Em geral, amplia o relato de um acontecimento que é de conhecimento púbico, dando mais importância às relações que ele promove do que à sua novidade. O autor ou autora de uma reportagem atua ou deve atuar como se fosse um investigador, portanto, quanto mais fonte tiver, mais detalhada será a reportagem.

Muitas reportagens têm origem em ganchos. Gancho da reportagem é um acontecimento que serve de base para se produzir uma investigação. Por exemplo, algum aluno fez uma crítica no meu canal do Youtube me chamando de macaco. Isso gera uma situação polêmica viral. Um repórter pega essa situação e cria uma reportagem para abordar o racismo ou mesmo o tema do cancelamento na internet. Ou seja, o fato serviu como gancho de uma reportagem.

As reportagens são veiculadas em diferentes suportes, em revistas, jornais, na televisão, no rádio, em sites, no Youtube etc. Por isso, dependendo do suporte de veiculação, a reportagem pode ter o emprego da linguagem multimodal, ou seja, da linguagem verbal (palavras) e não verbal (imagens).

As reportagens têm temas bastante diversos, que podem ser determinadas pelas características particulares do veículo que as divulga e por seu público específico, como ocorre em revistas destinadas a amantes do cinema, do futebol ou da gastronomia, por exemplo. Podem, igualmente, ser voltadas a um público heterogêneo e ter como gancho questões sociais, políticas, ambientais, etc., que tenham potencial para despertar interesse. 

Os tempos verbais do subsistema do passado predominam na reportagem, pois aborda fato que aconteceu. Todavia, no título e subtítulo é comum o emprego do tempo presente para conferir atualidade à reportagem.

Estruturalmente, a reportagem pode apresentar a seguinte estrutura:

Identificação do autor e da fonte: normalmente, antes de se começar a reportagem, encontra-se o nome do autor ou autora e também do veículo de informação.

Título: sintetiza a ideia mais importante da reportagem. 

Linha-fina: pode ter ou não. Quando tem, serve para complementar o sentido do título ou acrescenta informações.

Olho: é usado para destacar frases relevantes de um texto. Ele pode aparecer entre os títulos e o corpo do texto ou no meio deste, sempre com algum destaque gráfico, como o tamanho grande das fontes.

Lide (lead): O mesmo recurso usado na notícia. O lide resume o relato ao apresentar respostas para questionamentos como: O que aconteceu? Quando? Com quem? Onde? Por quê? Como? É apenas uma das estratégias que podem ser empregadas para chamar a atenção do leitor.

Diferentes discursos, vozes: é comum o emprego do discurso direto para identificar a fala dos entrevistados ou de quem presta um depoimento. Há o emprego das aspas para identificar esse discurso direto. Assim como há a voz do veículo ou de quem está fazendo a entrevista, no emprego do discurso indireto. Muitas vezes os entrevistados são especialistas, para desenvolver o assunto. Isso dá credibilidade à abordagem.

Corpo do texto: é o parágrafo em que inicia o detalhamento do assunto da reportagem. Não tem uma estrutura fixa, pois depende da intenção de que produz a reportagem.

Linguagem multimodal: as reportagens podem ser complementadas por recursos que combinam linguagem verbal palavras e não verbal imagens, cuja intenção é agregar informações e elucidar a matéria. Mapas, infográfico, gênero que cai no ENEM, gráfico são exemplos disso. É importante relacionar as duas linguagens para se ter uma compreensão correta do texto.

Presença de variedades linguísticas: emprego da norma culta, bem como linguagem coloquial, a depender de quem é entrevistado.

Linguagem nem sempre imparcial, ou seja, há ideologia por trás de muitas reportagens. Não era para ter, mas ocorre bastante no Brasil.


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