quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

D3 - Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.


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Doce bem salgado
Em restaurantes finos, sobremesas comuns têm preço de prato principal.
Foram-se os tempos em que quem pagava a conta no restaurante se preocupava apenas com o preço do prato principal e da bebida. Agora, em casas elegantes do Rio de Janeiro e de São Paulo, os doces podem ser a parte mais salgada da notinha. E não se está falando, necessariamente, de sobremesas sofisticadas ou criações originais dos chefs. Uma torta de morango do Massimo, em São Paulo, abocanha 17 reais do cliente. Só para fazer uma comparação que os donos de restaurante detestam: com esse dinheiro é possível comprar onze caixas da fruta, com 330 moranguinhos. Ou um filé com fritas num restaurante médio.
No Le Champs Elisées, no Rio, uma torta de maçã sai por 15 reais, mesmo preço da torta de figo do Le Saint Honoré. “Nossos doces são elaborados e não estão na geladeira há dois dias, como os de outros lugares”, justifica o chef Alain Raymond, do Champs Elisées.
Disponível em: <http://veja.abril.com.br/150999/p_106a.html>. Acesso em: 25 mar. 2010.

QUESTÃO 01 - No trecho “... os doces podem ser a parte mais salgada da notinha.”, a expressão em destaque foi utilizada no intuito de
A) comparar os restaurantes.
B) contradizer os chefs.
C) dar clareza ao texto.
D) enfatizar a ideia anterior.
E) ironizar o preço dos doces.



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Carta de Leitor
Enaltecer a habilidade literária de Lya Luft seria “chover no molhado”. Eu a acompanho sempre, pois creio que ela é detentora da qualidade de que almejo um dia chegar próximo, e de hoje coloco em crônicas num blog cujo foco são o otimismo e a esperança. Por esse motivo, o artigo de Lya tocou-me mais do que nunca, especialmente porque sempre se percebe nela a preocupação em desfazer a opinião de alguns que a qualificam como mal-humorada, ranzinza e saudosista. Lya, no meu modo de ver, é realista, perspicaz, observadora e analista da realidade. No presente artigo, nesse momento em que passamos a ver uma tênue luz no fim do túnel mundial, ela aponta e vislumbra a luminosidade sobre todos os entraves que impedem o brasileiro e o ser humano universal de viver com um mínimo de dignidade. Ainda é possível mudar.
Teodoro Uberreich
Veja, Ilha Bela, SP, 2 nov. 2011.

QUESTÃO 02 - No Texto , o autor usou a expressão “‘chover no molhado’” para expressar
A) admiração.
B) entusiasmo.
C) frustração.
D) ironia.
E) monotonia.

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Leitura: quem começa não para mais
Mundo Jovem: Qual a importância da leitura para os jovens?
Elisabeth Dangelo Serra: A leitura no mundo moderno é a habilidade intelectual mais importante a ser desenvolvida e cultivada por qualquer pessoa e de qualquer idade. Os jovens que não tiveram a oportunidade de descobrir os encantos e os poderes da leitura terão mais dificuldades para realizar seus projetos de vida do que aqueles que escolheram a leitura como companhia. Apesar dos atrativos atuais trazidos pelas novas tecnologias, hoje há um número expressivo de jovens que leem porque gostam e ao mesmo tempo são usuários da internet.
Aqueles que são leitores têm muito mais chances de usufruir da internet do que aqueles que não têm contato com a leitura de livros, jornais e revistas. Contudo é a leitura literária que alimenta a imaginação, a fantasia, criando as condições necessárias para pensar um projeto de vida com mais conhecimento sobre o mundo, sobre as coisas e sobre si mesmo.
Uma mensagem: nunca é tarde para começar a ler literatura. Portanto aqueles que não
trilharam esse caminho, e desejarem experimentar, vale a pena tentar.
Mundo Jovem: Como nos tornamos leitores, como desenvolvemos o gosto pela leitura?
Elisabeth Dangelo Serra: Só há uma maneira de nos tornarmos leitores: lendo. E essa atitude é cultural, ela não nasce conosco, tem que ser desenvolvida e sempre alimentada.
O entorno cultural em que a pessoa vive é determinante para que a habilidade de ler tenha chances de crescer. Ela é fruto do exemplo e das oportunidades de contato com a cultura letrada, em suas diversas formas. O exemplo e as oportunidades são criados por adultos que estão próximos às crianças e aos jovens.
Disponível em: <http://www.mundojovem.pucrs.br/entrevista-03-2009.php>. Acesso em: 15 abr. 2011. Fragmento.

QUESTÃO 03 - No trecho “... tem que ser desenvolvida e sempre alimentada.”, a palavra destacada assume no contexto o sentido de
A) aperfeiçoada.
B) apreciada.
C) avaliada.
D) exercitada.
E) sustentada.



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Exóticos, pequenos e viciantes
Ao caminharmos pela cidade, nas alamedas e nas praças é frequente vermos pessoas falando ao celular, gente dirigindo com uma das mãos, pessoas apertando botões e até tirando fotos com seus aparelhos digitais. Até ouvimos os toques polifônicos diversificados e altos que se confundem com as buzinas e os sons urbanos mais comuns.
O que me chama a atenção são os tamanhos, os formatos e as múltiplas funções dessas coisas que também são úteis, quando não passam de meros badulaques teens.
Os celulares estão cada vez mais viciosos, uma coqueluche. Já fazendo analogia com a peste, os celulares estão se tornando uma febre, [...] bem como outros aparelhos pequenos, úteis e viciantes. [...] Tem gente que não vive sem o celular! Não fica sem aquela olhadinha, telefonema ou mensagem instantânea, uma mania mesmo.
Interessante, uma vez, um amigo meu jornalista disse que os celulares podem ser próteses. Bem como outro objeto, status ou droga podem ser próteses. Pode haver gente que não têm amigos, mas tem o melhor celular, o mais moderno, uma prótese para a vida.
Pode ser que haja gente que não seja feliz, mas tenha uma casa boa, o carro do ano, o poder, a fama e muito dinheiro, tem próteses.
Tudo que tenta substituir o natural, o simples da vida, será prótese de uma pessoa. Aqui, entendo natural como a busca da realização, da felicidade, do bem-estar que se constrói pela simplicidade, pelo prazer de viver. Viver incluído no mundo digital e moderno é legal, mas é preciso manter o senso crítico de que as coisas podem ser pequenas, úteis e viciantes. VIANA, Moisés.
Disponível em: <http://meuartigo.brasilescola.com/psicologia/exoticos-pequenos-viciantes.htm>. Acesso
em: 4 fev. 2012. Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfi ca.

QUESTÃO 04 - No Texto, no trecho “... é preciso manter o senso crítico de que as coisas podem ser pequenas, úteis e viciantes.”, a expressão destacada enfatiza
A) a importância dos celulares na vida moderna.
B) a inferioridade dos aparelhos celulares.
C) a tecnologia presente nos aparelhos celulares.
D) uma crítica ao uso do celular e seus malefícios.
E) uma relação entre o tamanho do celular e o vício.


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História deliciosa
Nada mais gostoso que cheirinho de pão quente de manhã! Muita gente pensa assim, em vários países, há milhares de anos. O pão foi o  primeiro alimento criado pelo homem, há cerca de
12 mil anos. Antes todos dependiam da caça e da pesca para comer.
Quando os antigos aprenderam a plantar trigo, deram um grande passo para se desenvolver e conquistar novas terras. Descobriram que os cereais eram fáceis de plantar, resistentes e permitiam fazer pão. No começo, os grãos eram moídos e misturados à água e a massa assada sobre cinzas. O resultado era um pão fino e duro, torrado e meio sem gosto. Mas era só o começo de uma longa história.

PRIMEIRAS DELÍCIAS
Os antigos egípcios criaram o tipo de pão que conhecemos hoje. Um dia, esqueceram a massa no sol e ela fermentou. Eles assaram e perceberam que aquele fenômeno deixava o pão mais leve, cheio de furinhos e passaram a usar a massa fermentada. No Egito, o pão era tão importante que servia como pagamento para os trabalhadores. E os nobres também valorizavam esse alimento: na tumba de Ramsés III há desenhos em relevo com o formato de pães, doces e bolos.
No Brasil, os pães chegaram trazidos pelos portugueses na época da colonização e por muito tempo eram consumidos pelos ricos, pois o trigo era muito caro. As primeiras padarias só surgiram
por volta de 1950, tocadas por italianos e portugueses.
Recreio. São Paulo: Abril, n. 206, p. 18-19.

QUESTÃO 05 - No trecho “As primeiras padarias só surgiram por volta de 1950, tocadas por italianos e portugueses.”, a palavra destacada adquire, no texto, o sentido de
A) aperfeiçoadas.
B) administradas.
C) contatadas.
D) orçadas.
   E) tratadas.






GABARITO:

1 - E;
2 - A;
3 - D;
4 - D;
5 - B.

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