Leia
o texto abaixo e responda.
Por
que todo mundo usava peruca na Europa dos séculos XVII e XVIII?
Não
era todo mundo, apenas os aristocratas. A moda começou com Luís XIV
(1638-1715), rei da França. Durante seu governo, o monarca adotou a peruca pelo
mesmo motivo que muita gente usa o acessório ainda hoje: esconder a calvície. O
resto da nobreza gostou da ideia e o costume pegou. A peruca passou a indicar,
então, as diferenças sociais entre as classes, tornando-se sinal de status e prestígio. Também era comum espalhar talco ou farinha de
trigo sobre as cabeleiras falsas para imitar o cabelo branco dos idosos. Mas,
por mais elegante que parecesse ao pessoal da época, a moda das perucas também
era nojenta.
“Proliferava
todo tipo de bicho, de baratas a camundongos, nesses cabelos postiços”, afirma
o estilista João Braga, professor de História da Moda das Faculdades SENAC, em São Paulo. Em 1789, com a
Revolução Francesa, veio a guilhotina, que extirpou a maioria das cabeças com
perucas. Símbolo de uma nobreza que se desejava exterminar, elas logo caíram em desuso. Sua origem,
porém, era muito mais velha do que a monarquia francesa.
No
Egito antigo, homens e mulheres de todas as classes sociais já exibiam adornos
de fibra de papiro – na verdade, disfarce para as cabeças raspadas por causa de
uma epidemia de piolhos. Hoje, as perucas de cachos brancos, típicas da nobreza
europeia, sobrevivem apenas nos tribunais ingleses, onde compõem a indumentária
oficial dos juízes.
Disponível
em: <http://mundoestranho.abril.com.br/historia/pergunta_285920.shtml>.
Acesso em: 27 mar. 2010. * Adaptado: Reforma Ortográfica.
QUESTÃO 01 - No
techo “... elas logo caíram em desuso.”, o pronome em
destaque retoma
A)
diferenças.
B)
cabeleiras.
C) perucas.
D)
classes sociais.
E)
cabeças raspadas.
Leia o texto abaixo.
Resiliência
A
arte de dar a volta por cima
“Aquilo
que não me destrói me fortalece”, ensinava o filósofo Friedrich Wilhelm
Nietzsche. Este poderia ser o mote dos resilientes, aquelas pessoas que, além
de pacientes, são determinadas, ousadas flexíveis diante dos embates da vida e,
sobretudo, capazes de aceitar os próprios erros e aprender com
eles.
Sob
a tirania implacável do relógio, nosso dia a dia exige grande desgaste de
energia, muita competência e um número cada vez maior de habilidades.
Sobreviver é tarefa difícil e complexa, sobretudo nos grandes centros urbanos,
onde vivemos correndo de um lado para outro, sobressaltados e estressados.
Vivemos como aqueles malabaristas de circo que, ofegantes, fazem girar vários
pratos simultaneamente, correndo de lá para cá, impulsionando-os mais uma vez
para que recuperem o movimento e não caiam ao chão.
O
capitalismo, por seu lado, modelo econômico dominante em nossa cultura, sem
nenhuma cerimônia empurra o cidadão para o consumo desnecessário, quer ele
queira ou não. A propaganda veiculada em todas as mídias é um verdadeiro “canto
da sereia”; suas melodias repetem continuamente o refrão: “comprar, comprar,
comprar”.
Juntam-se
a isso o trânsito caótico, a saraivada cotidiana de más notícias estampadas nas
manchetes e as várias decepções que aparecem no dia a dia, e pronto: como
consequência, ficamos frágeis, repetitivos, desesperançados e perdemos muita
energia vital.
Se
de um lado a tecnologia parece estar a nosso favor, pois cada vez mais encurta
distâncias e agiliza a informação, de outro ela acelerou o ritmo da vida e nos
tornou reféns de seus inúmeros e reluzentes aparatos que se renovam
continuamente. E assim fi camos brigando contra o... tempo!
KAWALL,
Tereza. Revista Planeta, Fevereiro de 2010, Ano 38, Edição 449, p.
60-61. Fragmento.
QUESTÃO 02 - No
trecho “Juntam-se a isso...” , a palavra
destacada refere-se
A) ao consumismo gerado pelo capitalismo.
B)
ao trânsito caótico nas grandes cidades.
C)
às notícias ruins veiculadas pela mídia.
D)
às necessidades vitais das pessoas.
E) às
várias decepções do dia a dia.
Leia
o texto abaixo e responda.
A
melhor amiga do homem
Diogo
Schelp
Devemos
muito à vaca. Mas há quem a veja como inimiga. A vaca, aqui referida como a
parte pelo todo bovino, é acusada de contribuir para a degradação do ambiente e
para o aquecimento global. Cientistas atribuem ao 1,4 bilhão de cabeças de gado
existentes no mundo quase metade das emissões de metano, um dos gases
causadores do efeito estufa. Acusam-se as chifrudas de beber água demais e
ocupar um espaço precioso para a agricultura.
O
truísmo inconveniente é que homem e vaca são unha e carne. [...] Imaginar o
mundo sem vacas é como desejar um planeta livre dos homens – uma ideia, aliás,
vista com simpatia por ambientalistas menos esperançosos quanto à nossa
espécie. “Alterar radicalmente o papel dos bovinos no nosso cotidiano,
subtraindo-lhes a importância econômica, pode levá-los à extinção e colocar em
jogo um recurso que está na base da construção da humanidade e, por que não, de
seu futuro”, diz o veterinário José Fernando Garcia, da Universidade Estadual
Paulista em Araçatuba. [...]
A
vaca tem um papel econômico crucial até onde é considerada animal sagrado. Na
Índia, metade da energia doméstica vem da queima de esterco. O líder indiano
Mahatma Gandhi (1869-1948), que, como todo hindu, não comia carne bovina,
escreveu: “A mãe vaca, depois de morta, é tão útil quanto viva”. Nos Estados
Unidos, as bases da superpotência foram estabelecidas quando a conquista do
Oeste foi dada por encerrada, em 1890, fazendo surgir nas Grandes Planícies
americanas o maior rebanho bovino do mundo de então. “Esse estoque permitiu que
a carne se tornasse, no século seguinte, uma fonte de proteína para as massas,
principalmente na forma de hambúrguer”, escreveu Florian Werner. [...] Comer um
bom bife é uma aspiração natural e cultural. Ou seja, nem que a vaca tussa a
humanidade deixará de ser onívora.
Revista
Veja. p. 90-91, 17 jun. 2009. Fragmento.
QUESTÃO 03 - No
trecho “...subtraindo-lhes a importância...”, o pronome destacado retoma o termo
A)
ambientalistas.
B) bovinos.
C)
cientistas.
D)
homens.
E)
rebanhos.
Leia o texto abaixo.
POLUIÇÃO
DA ÁGUA
O
papel de chiclete jogado ali, a garrafa de plástico aqui, a lata de
refrigerante acolá. No primeiro temporal, as chuvas levam esse lixo para bueiros
e depois para algum rio que atravessa a cidade. Quem não viu um monte dessas
coisas flutuando na água?
Mas
essa é a poluição que enxergamos. A que não vemos é causada pelo esgoto das
residências, que lança nos rios, além de dejetos, restos de comida e um tipo de
bactéria que deles se alimenta: são as chamadas bactérias aeróbicas, que
consomem oxigênio e acabam com a vida aquática, além de causarem problemas de
saúde se ingeridas.
Outro
problema são as indústrias localizadas nas margens dos rios e lagos. Só
recentemente foram criadas leis para obrigá-las a tratar o esgoto industrial, a
fim de diminuir a quantidade de poluentes químicos que elas despejam nas águas
e que foram responsáveis pela “morte de muitos rios e lagos de todo o mundo”.
Poluição
Ambiental – Revista da Lição de Casa. In: O Estado de S. Paulo, encarte 5, p.
4-5 – adaptado.
QUESTÃO 04 - No
trecho “A que não vemos é causada pelo esgoto das residências,“,
a palavra destacada refere-se à
A)
bactéria.
B)
comida.
C)
garrafa.
D) poluição.
E)
quantidade.
Leia o texto abaixo.
O
rio
O
homem viu o rio e se entusiasmou pela sua beleza. O rio corria pela planície, contornando
árvores e molhando grandes pedras. Refletia o sol e era margeado por grama
verde e macia.
O
homem pegou o rio e o levou para casa, esperando que, lá, ele desse a mesma beleza.
Mas o que aconteceu foi sua casa ser inundada e suas coisas levadas pela água.
O
homem devolveu o rio à planície. Agora quando lhe falam das belezas que antes
admirava, ele diz que não se lembra. Não se lembra das planícies, das grandes pedras,
dos reflexos do sol e da grama verde e macia. Lembra-se apenas de sua
casa
alagada e de suas coisas perdidas pela corrente.
FRANÇA
JUNIOR, Oswaldo. As laranjas iguais. São Paulo: Nova Fronteira, 1985,
p.13.
QUESTÃO 05 - No
trecho “... e se entusiasmou pela sua beleza.”, o termo destacado
refere-se à palavra
A)
árvores.
B)
pedras.
C)
planície.
D) rio.
E)
sol.
GABARITO:
1 - C;
2 - A;
3 - B;
4 - D;
5 - D.
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