terça-feira, 14 de julho de 2020

QUESTIONÁRIO DE LÍNGUA PORTUGUESA – DIAGNÓSTICO DE APRENDIZAGEM - 3ºANO

 Leia com muita atenção o texto a seguir para responder às questões 01 e 02:

 

Para todos os garotos que já amei – Jenny Han



Não faço a mínima ideia do motivo, mas eu sou apaixonado por livros que se passam no universo adolescente, primeiros amores, o ambiente escolar… e nessa semana, enfim, li o primeiro livro da Série Lara Jean, escrito pela autora Jenny Han, lançado aqui no Brasil em 2015, pela Editora Intrínseca. Jenny Han foi uma das queridinhas do público na Bienal do Rio 2017 e meu desejo de ler essa série ficou incontrolável depois da Bienal.

Lara Jean é uma jovem romântica, que se apaixonou algumas vezes e, em nenhuma delas, teve seu amor correspondido. Para se livrar desse sentimento a jovem decide escrever cartas a seus amores expondo tudo o que sentiu e, obviamente, as mágoas com a rejeição que acabou sofrendo. Porém essas cartas nunca são enviadas… ou melhor, não eram para ser enviadas. Até que um dia, misteriosamente, as cartas chegam a cada um dos seus destinatários, resultando numa grande confusão.

O livro tem todos os ingredientes para ser mais um clichê adolescente, mas a autora faz um duplo twist carpado já nas primeiras páginas de sua história e nos transporta para um universo muito mais profundo. É impossível não se apaixonar pelos personagens, devido a forma como foram construídos… Lara e suas irmãs, o pai, os amores dela… todos tem uma ligação tão forte e um papel tão importante que é como se nós fizéssemos parte daquele círculo.

Após o trágico envio das cartas de Lara Jean, ela precisa se preocupar com duas delas: a primeira enviada ao ex-namorado (Josh) da irmã mais velha, que foi estudar na Escócia, e a segunda enviada ao aluno mais popular da escola, Peter. Para resolver o problema da primeira, a jovem emenda um namoro falso com Peter que deseja fazer ciúmes em sua ex. Nesse ambiente vemos um casal com personalidades totalmente opostas: ela uma menina reservada, quase invisível aos olhos dos outros e ele, um garoto popular, acostumado a viver sob os holofotes do time de Lacrosse.

Apesar do fundo romântico, acho que o ponto chave da história, é a forma como a autora apresenta a relação com a família da protagonista. Com a partida da irmã mais velha, Lara Jean, precisa ocupar um espaço que antes não era dela e nesse ponto vamos acompanhando, através do medo e da insegurança, o amadurecimento de Lara com o desenrolar dos fatos.

Jenny Han é sensível, cuidadosa e nos apresenta a personagens extremamente envolventes e cativantes. Em tempos tão vazios de amor, cumplicidade e respeito, a autora nos entrega uma história de amor poderosa, mas vai além, nos mostrando a importância da família e de cada momento que vivemos. Entendemos que fatos inesperados nada mais são do que o próprio destino escrito.

Se você ainda não leu Para todos os garotos que já amei, corre para a livraria mais perto e vem se apaixonar por essa história, vale muito a pena! Nos próximos dias vou resenhar os volumes 2 e 3 da série. Fiquem ligados aqui no Leitor Compulsivo! 😉

Fonte: leitorcumpulsivo.com.br

QUESTÃO 01 – Marque somente a afirmação verdadeira a respeito do texto acima:


I – O texto é um exemplo de resenha descritiva, pois limita-se apenas à descrição dos personagens e ambientes contidos no livro em análise;

II – Trata-se de uma resenha crítica, pois além de descrever, o autor também opina sobre o livro lido;


QUESTÃO 02 – Destaque da resenha pelo menos dois trechos (frase, oração ou período) nos quais é explícita a opinião do autor sobre o livro lido por ele.



Texto para questão 03

Em tempo de pandemia de corona vírus o mundo real se vê cada vez mais conectado com o mundo virtual e nesse aspecto o uso da tecnologia com criatividade revela-se estratégica. Crianças estão entre os que mais absorvem e reproduzem as novidades do mundo virtual, e se inserem assim com facilidade nesse âmbito de informação e comunicação digital. Dessa forma, unir crianças por meio do EAD (Ensino a distância), pode ser uma estratégia brilhante em tempos de pandemia que demandam isolamento social.

Fonte: Fábio Ferreira – Gestor de TI. Disponível em: https://www.casadurvalpaiva.org.br/artigos/422/coronavirus-tecnologia-no-combate-a-pandemia

 

QUESTÃO 03 – O fragmento de texto acima demonstra a importância da ciência e da tecnologia no recente século. Entretanto, já no século XX, havia uma vanguarda europeia em que seus defensores, entre outras ideologias, glorificavam a tecnologia, a ciência, a violência, bem como condenavam qualquer elemento que remetia ao passado, como obras de artes ou mesmo o museu. A vanguarda referida é denominada de

A) Dadaísmo;

B) Cubismo;

C) Futurismo;

D) Surrealismo;

E) Expressionismo.   


Textos para a questão 04

(A roda de bicicleta, Duchamp, 1913)


TRAGÉDIA BRASILEIRA (Manuel Bandeira)


Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade,
Conheceu Maria Elvira na Lapa, - prostituída, com sífilis, dermite nos dedos,
uma aliança empenhada e o dentes em petição de miséria.
Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou
médico, dentista, manicura... Dava tudo quanto ela queria.
Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado.
Misael não queria escândalo. Podia dar uma surra, um tiro, uma facada. Não fez nada disso: mudou de casa.
Viveram três anos assim.
Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael mudava de casa.
Os amantes moraram no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria, Ramos, Bonsucesso, Vila Isabel, Rua Marquês de Sapucaí, Niterói, Encantado, Rua Clapp, outra vez no Estácio, Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato,
Inválidos...
Por fim na Rua da Constituição, onde Misael, privado de sentidos e de
inteligência, matou-a com seis tiros, e a polícia foi encontrá-la caída em
decúbito dorsal, vestida de organdi azul.


QUESTÃO 04 – Marque somente a alternativa correta. Os dois textos, apesar de serem gêneros textuais diferentes (uma pintura e um poema), bem como do fato de estarem distante no tempo, apresentam, todavia, algo em comum: a manifestação de uma visão moderna de arte. Nesse sentido, a pintura de Duchamp e os ideais do movimento dadaísta influenciaram a obra de arte. Assim, é possível encontrar tanto na pintura quanto no poema a característica da arte moderna que se refere à (ao)

A) utilização de personagens e coisas raras da nobreza ou mesmo da mitologia grega;

B) emprego de objetos e personagens do cotidiano;

C) denúncia da corrupção em toda esfera social explícita apenas na pintura de Duchamp;

D) despreocupação do artista com os problemas da sociedade, como no poema de Bandeira;

E) apresentação de um país mais idealizado, tanto a França quanto o Brasil.

 

 

 

 

 













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