segunda-feira, 21 de setembro de 2020

2ªATIVIDADE REMOTA DE LÍNGUA PORTUGUESA - 3ºANO

 

Texto para as questões 01 e 02


 

O novo disco de Adele é

um emotivo (e cansativo)

diário aberto

Leonardo Rodrigues

 

Após quase quatro anos na penumbra, Adele voltou explorando ao limite todos os elementos que a ajudaram a se tornar um dos maiores fenômenos recentes da música pop. Em 25, álbum que lançou nesta sexta (20), boicotando os serviços de streaming, ela capricha como nunca na potência vocal, prioriza arranjos etéreos e quase sempre grandiosos, entrega letras tão intimistas quanto as anotações de um diário de adolescente.

A proposta pode soar repetitiva e cansativa — e soa —, mas o fato é que nenhum fã terá do que reclamar. Esse é o terreno da jovem cantora, onde caminha com mais desenvoltura. Hoje com 27 anos, Adele tinha dois a menos quando começou a trabalhar nas músicas, que, segundo ela, foram compostas para “apagar o passado”, provavelmente ainda o do ex, o fotógrafo Alex Sturrock, que já fora lembrado em faixas do disco 21. Aparentemente, não o suficiente.

“Agora eu sou uma mamãe que tem muita coisa na cabeça. Tenho que limpar um monte de coisas que me prejudicam, o que é realmente terapêutico, porque eu consigo guardar rancor. A vida é muito mais fácil quando você não acumula seu passado”, disse a cantora em entrevista recente à revista à britânica i-D.

Como se quisesse ver a vida passando pelos seus olhos, Adele faz do passado o presente em quase todas as faixas de 25. Vai da infância em River lea, em que usa a metáfora do rio inglês para justificar sua personalidade, passando pelos malfadados traumas sentimentais (Hello, When we were young, Million years ago, entre outras), até desembocar em sua maior transformação até aqui, a maternidade (em Sweetest devotion).

Entre mágoas, lenços e lágrimas, o amor parece triunfar no fim. “Meu amor é tão profundo e verdadeiro pelo meu homem que me coloca em uma posição em que eu consigo finalmente estender a mão para o ex. Deixe-o saber que eu o superei”, disse esta semana em entrevista ao The Guardian.

[...]

 

etéreo: que eleva

espiritualmente; sublime,

elevado.

serviço de streaming:

plataforma conectada

à internet pela qual o

assinante pode ter acesso

a uma grande quantidade

de músicas disponíveis.

 

RODRIGUES, Leonardo. O novo disco de Adele é um emotivo (e cansativo) diário aberto. Disponível em: <musica.uol.com.br/noticias/ redacao/2015/11/20/novo-disco-de-adele-e-um-emotivo-e-cansativodiario- aberto.htm>. Acesso em: fev. 2016.

 


 


 

 

 

 

QUESTÃO 01 – O texto lido pertence ao gênero textual

 

A) Dissertação-Argumentativa.

B) Dissertação Expositiva.

C) Resenha Crítica.

D) Descrição.

E) Narração.

 

QUESTÃO 02 – O texto lido apresenta descrição de uma obra artística musical, uma série de comentários e avaliações. Marque apenas a alternativa na qual é possível observar a expressão de opinião:

 

A) Como se quisesse ver a vida passando pelos seus olhos, Adele faz do passado o presente em quase todas as faixas de 25.

B) Hoje com 27 anos, Adele tinha dois a menos quando começou a trabalhar nas músicas.

C) Adele faz do passado o presente em quase todas as faixas de 25.

D) Vai da infância em River lea, em que usa a metáfora do rio inglês para justificar sua personalidade.

E) Em 25, álbum que lançou nesta sexta (20), boicotando os serviços de streaming, ela capricha como nunca na potência vocal, prioriza arranjos etéreos e quase sempre grandiosos, entrega letras tão intimistas quanto as anotações de um diário de adolescente.

 

Texto para as questões 03 e 04

 

1. Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito da energia e da temeridade.

2. A coragem, a audácia, a rebelião serão elementos essenciais de nossa poesia.

3. A literatura exaltou até hoje a imobilidade pensativa, o êxtase, o sono. Nós queremos exaltar o movimento agressivo, a insônia febril, o passo de corrida, o salto mortal, o bofetão e o soco.

4. Nós afirmamos que a magnificência do mundo enriqueceu-se de uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um automóvel de corrida com seu cofre enfeitado com tubos grossos, semelhantes a serpentes de hálito explosivo... um automóvel rugidor, que parece correr sobre a metralha, é mais bonito que a Vitória de Samotrácia.

5. Nós queremos entoar hinos

ao homem que segura o volante, cuja haste ideal atravessa a Terra, lançada também numa corrida sobre o circuito da sua órbita. 6. É preciso que o poeta prodigalize com ardor, fausto e munificiência, para aumentar o entusiástico fervor dos elementos primordiais.

MARINETTI, F. T. Manifesto futurista. In: TELES, G. M. Vanguardas europeias e Modernismo brasileiro. Petrópolis: Vozes, 1985.

 

QUESTÃO 03 – O documento de Marinetti, de 1909, propõe os referenciais estéticos do Futurismo, que valorizam a

 

A) composição estática.

B) inovação tecnológica.

C) suspensão do tempo.

D) retomada do helenismo.

E) manutenção das tradições

 

QUESTÃO 04 – Marque somente a alternativa em que o fragmento de texto apresenta características defendidas pela vanguarda europeia Futurismo.

 

A) Eu não troco o berço da simplicidade
Por esse vazio da atualidade

Se eu deixo a vida me levar, perco o equilíbrio, logo vou cair
Esse mundo me oferece asas feitas de ilusões, e quem não quer subir?
Ainda bem que conheci a felicidade num papel

 

B) Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.
Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.
Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.
O que for, quando for, é que será o que é.

 

C) Ah, poder exprimir-me todo como um motor se exprime!
Ser completo como uma máquina!
Poder ir na vida triunfante como um automóvel último-modelo!
Poder ao menos penetrar-me fisicamente de tudo isto,
Rasgar-me todo, abrir-me completamente, tornar-me passento
A todos os perfumes de óleos e calores e carvões
Desta flora estupenda, negra, artificial e insaciável!

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