PERÍODOS SIMPLES
Os períodos simples têm sua estrutura constituída por
termos que desempenham algumas funções específicas. Esses termos são
classificados de acordo com sua função e são denominados: essenciais, integrantes ou
acessórios.
Os termos essenciais
são o sujeito e o predicado, responsáveis pela estrutura
básica da oração. A maioria das orações apresenta um sujeito e um predicado.
Podem ocorrer orações sem sujeito, mas não sem predicado.
Os termos
integrantes têm a função de complementar o sentido de determinados verbos e
nomes. São eles: o objeto direto e o
objeto indireto (complementos
verbais), o complemento nominal e o agente da passiva.
Os termos acessórios
modificam ou especificam outros termos, não sendo fundamentais para a
estrutura sintática das orações. São eles: o adjunto adnominal, o adjunto
adverbial e o aposto. Sua
ocorrência nas orações se justifica por razões de ordem semântica e discursiva.
SUJEITO
Sujeito
é
o termo com o qual o verbo da oração concorda em número (singular ou plural) e
pessoa (1ª, 2ª e 3ª).
Em grande número de casos, o sujeito da oração corresponde
ao agente da ação expressa pelo verbo. Essa não deve ser a base, no entanto,
para a definição dessa função sintática, porque há orações em que não se pode
atribuir ao sujeito a função de agente da ação verbal. Veja.
Cláudia está feliz com o resultado das provas. (O verbo estar não expressa uma ação. O sujeito Cláudia,
portanto, não pode ser identificado como um agente.)
O palestrante foi cumprimentado pelo jornalista. (A ação verbal cumprimentar é praticada pelo
jornalista. O sujeito o palestrante sofre tal ação. Nesse caso, ele é
paciente da ação verbal.
Os judocas brasileiros apanharam dos adversários coreanos. (O conteúdo semântico do verbo apanhar, nesse contexto, faz com que o
sujeito os judocas brasileiros sofra a ação praticada pelos adversários
coreanos.
Os três exemplos acima ilustram a razão para não adotarmos
um critério semântico da definição da função
sintática de sujeito. Observamos que a concordância verbal ocorre com os
termos Cláudia, o palestrante, os judocas
brasileiros. Em nenhum dos exemplos, porém, esses termos poder ser
associados à noção de agentes da ação
verbal. São, portanto, considerados sujeitos das orações a que pertencem,
porque com eles concorda o verbo em número e pessoa.
Nos casos em que o sujeito não aparece antes do verbo
(posição preferencial na estrutura sintática da língua), encontrar o termo que
determina a concordância verbal é o modo mais seguro para identificar o sujeito
da oração. Observe.
Os doces da festa trago
eu. (A flexão do verbo na 1ª pessoa do singular trago identifica seu referente – sujeito da oração – como sendo o
pronome eu. O fato de aparecer no
fim da oração não afeta a função sintática que exerce).
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