sexta-feira, 14 de julho de 2017

TIPOS DE SUJEITO

Os sujeitos das orações podem ser simples ou compostos, determinados ou indeterminados. Existem também orações sem sujeito.
Uma noção importante para a análise dos diferentes tipos de sujeito é a de núcleo de um sintagma.
Núcleo é o termo central de um sintagma (nominal ou verbal). Outros termos podem ser a ele anexados e subordinados.
Sujeito simples ou composto
Com base na quantidade de núcleos apresentados por um sujeito, estabelece-se a diferença entre o sujeito simples e o sujeito composto. Observe.
Alessandro foi ao cinema. (Sujeito simples);
Os alunos do segundo ano foram ao cinema. (Sujeito simples);
Eduardo e Mônica foram ao cinema. (Sujeito composto).
O sujeito simples apresenta um único núcleo, enquanto o sujeito composto apresenta mais de um núcleo.
Sujeito oculto, desinencial, implícito ou elíptico
É aquele que, embora não explicitado na oração, pode ser identificado pela flexão de número-pessoa do verbo, ou pela sua presença em outra oração do mesmo período ou de um período antecedente. Veja.
Comemos muito ontem. (Sujeito oculto: nós)
Gosto de estudar bastante. (Sujeito elíptico: eu)
Sujeito determinado é aquele que vem expresso na oração ou que pode ser identificado pela flexão de número-pessoa do verbo ou ainda pelo contexto do enunciado (sujeito presente em outra oração do mesmo período ou do período antecedente).
Sujeito indeterminado ocorre quando não é possível identificar um referente explícito na oração (ou no contexto do enunciado) para a flexão verbal. Os sujeitos indeterminados podem ser caracterizados, na língua portuguesa, por duas estruturas sintáticas.
Verbo transitivo direto flexionado na 3ª pessoa do plural.
Incendiaram vários ônibus.
Assaltaram a lotérica.
Publicaram vídeos íntimos na internet.

Verbo transitivo indireto, verbo intransitivo ou verbo de ligação flexionado na 3ª pessoa do singular + pronome se (índice de indeterminação do sujeito).
Precisa-se de vendedores.
Come-se bem na Itália.
Aqui se está feliz.


SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES

PERÍODOS SIMPLES

Os períodos simples têm sua estrutura constituída por termos que desempenham algumas funções específicas. Esses termos são classificados de acordo com sua função e são denominados: essenciais, integrantes ou acessórios.
Os termos essenciais são o sujeito e o predicado, responsáveis pela estrutura básica da oração. A maioria das orações apresenta um sujeito e um predicado. Podem ocorrer orações sem sujeito, mas não sem predicado.
Os termos integrantes têm a função de complementar o sentido de determinados verbos e nomes. São eles: o objeto direto e o objeto indireto (complementos verbais), o complemento nominal e o agente da passiva.
Os termos acessórios modificam ou especificam outros termos, não sendo fundamentais para a estrutura sintática das orações. São eles: o adjunto adnominal, o adjunto adverbial e o aposto. Sua ocorrência nas orações se justifica por razões de ordem semântica e discursiva.

SUJEITO

Sujeito é o termo com o qual o verbo da oração concorda em número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª e 3ª).

Em grande número de casos, o sujeito da oração corresponde ao agente da ação expressa pelo verbo. Essa não deve ser a base, no entanto, para a definição dessa função sintática, porque há orações em que não se pode atribuir ao sujeito a função de agente da ação verbal. Veja.
Cláudia está feliz com o resultado das provas. (O verbo estar não expressa uma ação. O sujeito Cláudia, portanto, não pode ser identificado como um agente.)
O palestrante foi cumprimentado pelo jornalista. (A ação verbal cumprimentar é praticada pelo jornalista. O sujeito o palestrante sofre tal ação. Nesse caso, ele é paciente da ação verbal.
Os judocas brasileiros apanharam dos adversários coreanos.  (O conteúdo semântico do verbo apanhar, nesse contexto, faz com que o sujeito os judocas brasileiros sofra a ação praticada pelos adversários coreanos.
Os três exemplos acima ilustram a razão para não adotarmos um critério semântico da definição da função sintática de sujeito. Observamos que a concordância verbal ocorre com os termos Cláudia, o palestrante, os judocas brasileiros. Em nenhum dos exemplos, porém, esses termos poder ser associados à noção de agentes da ação verbal. São, portanto, considerados sujeitos das orações a que pertencem, porque com eles concorda o verbo em número e pessoa.
Nos casos em que o sujeito não aparece antes do verbo (posição preferencial na estrutura sintática da língua), encontrar o termo que determina a concordância verbal é o modo mais seguro para identificar o sujeito da oração. Observe.

Os doces da festa trago eu. (A flexão do verbo na 1ª pessoa do singular trago identifica seu referente – sujeito da oração – como sendo o pronome eu. O fato de aparecer no fim da oração não afeta a função sintática que exerce).

TIPOS DE ARGUMENTOS: Argumentação por comparação


https://youtu.be/np5vGXx_Tas revisão Enem 2019


Nesse tipo de estratégia argumentativa faz-se uma relação, uma analogia entre fatos, situações, épocas ou lugares distintos a fim de fundamentar a tese defendida. Além de demonstrar conhecimento de quem usa tal estratégia, é preciso relacionar os fatos ou situações, bem como contextualizá-los ao tema discutido. Normalmente, no cotidiano, fazemos comparações para demonstrar as qualidades ou defeitos de um elemento em relação a outro. É o que ocorre na redação nota mil no ENEM abaixo:
De acordo com o Mapa da Violência de 2012, entre 1980 e 2010 houve um aumento de 230% na quantidade de mulheres vítimas de assassinato no país; além disso, 7 de cada 10 mulheres que telefonaram para o Ligue 180 afirmaram ter sido violentadas pelos companheiros. Em países como o Afeganistão, a mulher que trai o marido é enterrada até que somente a cabeça fique à mostra e, então, é apedrejada; apesar de reagirmos com horror perante tal atrocidade, um país que triplica a quantidade de mulheres mortas em 30 anos deve ser tratado com igual despeito quando se trata do assunto. Apesar de acharmos que a mentalidade do povo melhora com o passar do tempo, a mentalidade brasileira mostra crescente atraso quanto à igualdade de direitos entre os gêneros, e tal mentalidade leva a fatalidades que deveriam ser raras em pleno século XXI.

No parágrafo acima é visível a relação que é feita entre Brasil e Afeganistão para sustentar a tese de que no Brasil a mulher é tratada com atrocidade idêntica à do Afeganistão, país conhecido mundialmente pela cultura machista e de elevada violência. A analogia aqui coloca os dois países no mesmo patamar e fundamenta o ponto de vista segundo o qual a violência contra a mulher é tão intensa quanto numa cultura na qual a mentalidade sobre igualdade de direitos sequer existe.

quinta-feira, 13 de julho de 2017

TIPOS DE ARGUMENTOS: Argumento baseado em exemplo ou ilustração

Esse tipo de argumento consiste no relato de um PEQUENO fato (real ou fictício). O exemplo dado deve ser coerente com a realidade, ou seja, pode até ser fictício, no entanto não pode ser inverossímil. Essa estratégia argumentativa é amplamente usada quando a tese defendida é muito teórica e carece de esclarecimentos com mais dados concretos. Assim, ilustram-se uma situação, um problema, um assunto, ou usam-se exemplos pertinentes à ideia exposta. Exemplo:
O machismo e a misoginia são promovidos pela própria sociedade. Meninas são ensinadas a aceitar a submissão ao posicionamento masculino, ainda que estejam inclusas agressões e violência, do abuso psicológico ao sexual. Os meninos, por sua vez, têm seu caráter construído à medida que absorvem valores patriarcais e abusivos, os quais serão refletidos em suas condutas ulteriores.
Observe no parágrafo acima que a estudante sustenta a tese de o machismo e a misoginia nascerem na própria sociedade ao usar dois exemplos de como a sociedade promove esses tipos de comportamentos: uma ilustração para as meninas; outra, para os meninos. Enfim, essas duas ilustrações são pertinentes e coerentes à tese defendida ao longo do texto da estudante.
Na argumentação por exemplo, formulamos um princípio geral a partir de casos particulares ou da probabilidade de repetição de casos idênticos. O caso particular serve, então, para comprovar uma tese. Temos esse tipo de argumentação, quando, por exemplo, depois de narrar (um relato curto) que um fiscal de arrecadação foi preso em flagrante recebendo propina, concluímos que os fiscais são corruptos.
A proposição geral pode aparecer no início, no final ou no meio do texto. O que importa é que ela seja a generalização fundada numa “história de vida”. O caso concreto deve ser narrado em poucas palavras para que a dissertação-argumentativa não perca as suas características e não se compare com uma narração.

Constitui defeito argumentativo dar à afirmação geral um alcance que o caso particular não permite. Por exemplo, não se pode dizer, a partir de um único caso de corrupção no serviço público, que todos os funcionários são corruptos. As generalizações indevidas, as afirmações gerais que nada têm a ver com os casos particulares relatados ou que são contrárias aos fatos narrados destroem a argumentação baseada em fatos singulares. 

terça-feira, 11 de julho de 2017

TIPOS DE ARGUMENTOS: Argumento baseado em provas concretas

“Contra fatos não há argumentos” (Provérbio Português)
Consiste na estratégia que se baseia na apresentação de provas concretas as quais servem para comprovar a tese, criando também efeito de sentido de evidência. Essas provas estão presentes em fontes diversas que apresentam reconhecimento público, como o IBGE, IPEA, além de outros. Veja:
De acordo com o Mapa da Violência de 2012, entre 1980 e 2010 houve um aumento de 230% na quantidade de mulheres vítimas de assassinato no país; além disso, 7 de cada 10 mulheres que telefonaram para o Ligue 180 afirmaram ter sido violentadas pelos companheiros. Em países como o Afeganistão, a mulher que trai o marido é enterrada até que somente a cabeça fique à mostra e, então, é apedrejada; apesar de reagirmos com horror perante tal atrocidade, um país que triplica a quantidade de mulheres mortas em 30 anos deve ser tratado com igual despeito quando se trata do assunto. Apesar de acharmos que a mentalidade do povo melhora com o passar do tempo, a mentalidade brasileira mostra crescente atraso quanto à igualdade de direitos entre os gêneros, e tal mentalidade leva a fatalidades que deveriam ser raras em pleno século XXI.

A estudante emprega esses dados estatísticos retirados da fonte Mapa da Violência, a qual faz parte dos textos de apoio. Ela selecionou os dados e citou a fonte deles para sustentar a tese defendida ao longo da redação dela. Importante observar que nesse mesmo parágrafo a autora do texto faz uso de comparação (Brasil e Afeganistão), outra estratégia argumentativa que será desenvolvida neste material posteriormente.

quinta-feira, 6 de julho de 2017

TEMA DE REDAÇÃO: Os desafios do relacionamento familiar no contexto das novas tecnologias

Do site projeto de redação:
PROPOSTA
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema: Os desafios do relacionamento familiar no contexto das novas tecnologias. Apresente proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
“ Ao observarmos nosso comportamento, em especial em nossos lares, entre pais e filhos, vamos notar que em diferentes momentos estamos fisicamente presentes, mas totalmente alheios ao contexto, isto porque estamos usando algum dispositivo móvel, conectados, vivenciando uma outra experiência. Afinal, o que está acontecendo? Chamarei de “primeira onda” aquela que, a partir do uso de computadores pessoais e depois celulares, transformou lares em extensão das empresas e de “segunda onda”, ao uso por todos (ou quase todos) os membros de uma família de dispositivos móveis e acesso às redes sociais. A primeira onda foi alavancada pela nova economia e a expansão do acesso à internet, fatores que ajudaram a diminuir as barreiras entre o local de trabalho e nossos lares. Acesso aos e-mails e diferentes sistemas corporativos, bem como o uso de celulares para manter contato com as atividades da empresa, fazem parte do cotidiano de milhões de profissionais ao redor do planeta. E embora diferentes autores (Castells, 2000; De Masi, 2000) observem este movimento como positivo, existe um preço a pagar. “A solidariedade familiar depende de uma sincronização das agendas de seus membros, algo cada vez mais difícil de se conseguir, considerando os regimes flexíveis de trabalho atuais.” (Wajcman et all, 2008). O problema que as famílias precisam
resolver quando pais adotam o “home office” é como separar, dentro do espaço de seus lares, trabalho e atenção para o próprio relacionamento e para os filhos. Com a adoção de tecnologias móveis, em especial smatphones e tablets por crianças e adolescentes, a “segunda onda” apresenta desafios ainda maiores para o convívio familiar. Agora não somente os pais estão conectados, os filhos também.
Fonte: http://nic.br/noticia/na-midia/a- familia-des- conectada-i/www.
TEXTO II

TEXTO III

TEXTO IV
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
- Tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “insuficiente”.
- A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo
dissertativo-argumentativo.
- Apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.

Reportagem

 GÊNERO TEXTUAL REPORTAGEM Olá, eu sou o professor Alessandro. Na aula de hoje vamos abordar o assunto reportagem. Reportagem é um gênero te...